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Sara Winter pede desculpas a ativista e diz que foi influenciada por fake news espalhada por Damares

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Sara Winter se retrata por acusar ativista de “abortista”
Foto: Reprodução

A ex-ativista bolsonarista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, pediu desculpas publicamente neta quinta-feira (8) por ter chamado a professora e antropóloga Débora Diniz de “a maior abortista brasileira”, em 2020, quando uma menina capixaba de dez anos realizou um aborto legal após ter sofrido um estupro, segundo a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

Sara disse que foi influenciada por fake news espalhada pela então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, de que Debora teria sido a responsável por vazar o nome da menina à imprensa.

“Lamento ter me deixado influenciar por fatos mentirosos compartilhados comigo pela à época ministra encarregada pela pasta responsável pelo programa de proteção a defensoras e defensores de direitos humanos, Damares Regina Alves”, escreveu Sara no Instagram.

“Entendo que sou responsável pelos meus próprios atos e poderia ter apurado a veracidade de uma montagem falsa que atribuía à Debora Diniz o crime de ter divulgado a identidade da menina em um artigo de jornal, o que jamais aconteceu. Contudo, confiei na integridade da ministra e me deixei levar pelas instigações para que reagisse à conduta falsamente atribuída à professora”, continuou.

Também em 2020, a ativista divulgou um vídeo em suas redes sociais acusando Debora de ser defensora da prática de tortura. Sara chegou a publicar a identidade da menor de idade nas redes sociais, divulgando amplamente o nome da vítima.

A ativista foi condenada após Debora mover ações nas áreas cível e criminal contra ela. Sara precisou fazer a retratação pública e pagar para a professora uma indenização de R$ 16.531,06.

Leia a retratação de Sara Giromini na íntegra

“Por meio desta mensagem, me retrato publicamente das ofensas e acusações que fiz à Professora Debora Diniz, a qual, de maneira infundada e falsa, acusei de ser ‘a maior abortista do Brasil’, bem como de ter desejado a tortura de uma criança de 10 anos elegível ao aborto legal, fatos que não correspondem à verdade.

Reconheço que Debora Diniz é uma pessoa honrada e íntegra, além de pesquisadora de renome nacional e internacional nas áreas de bioética, direitos humanos e saúde, cujo trabalho sempre possuiu sério compromisso com os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres e meninas.

Compreendi que os atos que cometi contribuíram para novos ataques contra a Debora Diniz, a qual, lamentavelmente, vem sendo alvo de diversas ameaças desde 2018, apenas por exercer seu direito à liberdade de expressão na defesa dos direitos sexuais e reprodutivos. Entendo, hoje, que ninguém deve ser atacado por participar do diálogo democrático de forma legítima e respeitosa, como o fez Debora na defesa dos direitos humanos de uma menina vítima de violência, à qual reagi de forma leviana, atacando a honra da professora.

Lamento ter me deixado influenciar por fatos mentirosos compartilhados comigo pela à época Ministra encarregada pela pasta responsável pelo programa de proteção a defensora e defensores de direitos humanos, Damares Regina Alves.

Entendo que sou responsável pelos meus próprios atos e poderia ter apurado a veracidade de uma montagem falsa que atribuía à Debora Diniz o crime de ter divulgado a identidade da menina em um artigo de jornal, o que jamais aconteceu. Contudo, confiei na integridade da Ministra e me deixei levar pelas instigações para que reagisse à conduta falsamente atribuída à professora.

Por essa razão, as acusações por mim feitas, e fundadas em desacordos morais, não são verdadeiras e violaram a honra, imagem e reputação de Debora Diniz, pelo que me retrato publicamente.”