Cape Verde
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“Há um abuso da posição da TAP relativamente a Cabo Verde” – Scapa

O presidente da Câmara do Turismo de Cabo Verde, Jorge Spencer Lima, “Scapa” afirmou que os preços “exorbitantes” das passagens têm um efeito negativo na procura do turismo em Cabo Verde, enquanto destino turístico. Os preços são elevados, segundo disse, para os próprios cabo-verdianos, que estão a pagar quase o dobro.

Numa entrevista recente à Inforpress, o responsável da Câmara do Turismo exemplificou, que, neste momento, só o transporte corresponde a cerca de 50% do pacote do destino Cabo Verde, o que é “extremamente elevado”.

Os preços dos transportes acabam por pesar nas férias da diáspora cabo-verdiana.

“São extremamente elevados para os próprios cabo-verdianos que queiram viajar, tendo de pagar quase o dobro que deveriam pagar para viajarem de férias”, analisou, referindo que o problema que se põe tem que ver com a conectividade e competitividade.

Abuso da TAP

Neste sentido, considera que Cabo Verde está a ser “digerido praticamente” pelo sistema de monopólio da TAP, pelos “preços que quer” e pratica como quer para Cabo Verde.

“Em condições mesmo torturáveis. Há um abuso da posição da TAP relativamente a Cabo Verde. Nós temos que encontrar alternativas. A TACV tem que voar mais e melhor, tem que ser competitivo. A TACV é a nossa arma de combate, mas não está a conseguir sair do chão… não sei porquê”, referiu.

“Eu confio, acredito e aposto na TACV… agora é preciso mudar de rumo rapidamente. Com tanta capacidade instalada que tem, em termos de pessoal de manutenção, tem gente que nunca mais acaba, e não tem aviões”, acrescentou, aludindo que neste momento, alugar aviões, é a coisa mais simples que existe no mundo.

Solução low cost

Acreditando que um dia a TACV vai melhorar, ter outros aviões e ser competitivo, Jorge Spencer Lima aprova a ideia do Governo, quanto à possibilidade de trazer voos ‘low cost’ para Cabo Verde, o que poderá permitir maior diversificação dos mercados de origem e dos segmentos.

“Os low cost podem ser uma solução. Vamos ver o que vai acontecer. Mas não esquecer que os low cost são financiados por nós, pelos bolsos dos contribuintes cabo-verdianos. Os low cost não vão para destinos onde os preços não são apetecíveis”, acautelou.

A solução, terminou, passa pela eliminação do “monopólio real” que existe neste momento da TAP.

“Resolver o problema com a lei, pôr os TACV a voar, dar aviões, pôr os TACV a fazer o papel que sempre fez em Cabo Verde”, exortou.

C/ Inforpress

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