Cape Verde
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Lisboa: Centro Cultural de Cabo Verde acolhe exposição “Mana Timor” de Gabriela Carrascalão

A artista plástica Gabriela Carrascalão inaugura na quarta-feira,8, a sua exposição intitulada “Mana Timor”, no Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV), em Lisboa, Portugal.

O evento está agendado para as 18 horas.

Conforme nota de imprensa, Gabriela Carrascalão traz nesta exposição um conjunto de obras usando óleo sobre tela, tinta da china e lápis de cor, que retratam as vivências das mulheres da sua terra natal, Timor-Leste.

Nesta exposição, a artista “expressa em pinceladas de vibrantes tons únicos, nascidos numa paleta que a própria cria, qual alquimista das cores, com capacidade para acrescentar ao próprio arco-íris cores que imagina, mistura e aplica nas suas telas, de onde saem figuras e tonalidades que surpreendem os olhos de quem através delas absorve a história de Timor-Leste”, segundo a sinopse.

A obra de Gabriela Carrascalão “põe a nu os sentimentos e as impressões de alguém que viveu na pele a guerra que o seu país, Timor-Leste, travou para se tornar independente”.

No seu traço peculiar transparece “a dor de quem assistiu à morte de familiares e amigos”.

Sobre a artista

Maria Gabriela Guterres Viegas Carrascalão nasceu na Fazenda Algarve, em Timor-Leste, em 1949. É filha de pai português e mãe timorense.

Nos turbulentos anos de luta pela independência de Timor-Leste, viu-se obrigada a procurar refúgio político na Austrália, onde se formou em Jornalismo pela Universidade de Wollongong, em New South Wales, tendo trabalhado na Rádio e na Televisão Pública Australiana, a SBS (Special Broadcasting Service).

No âmbito do seu trabalho jornalístico, foi, em 2007, a primeira jornalista estrangeira a ser distinguida com o prémio americano “Knight Fellowship”, que premiou o seu trabalho cívico em prol do seu povo e da consolidação democrática de Timor-Leste.

Percurso nas artes plásticas

O seu percurso nas artes plásticas começou cedo e de forma autodidata, tendo mais tarde ingressado na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.

Como pintora, o seu estilo é singular, flutuando entre o impressionismo étnico e uma certa mestiçagem que lhe conferem um traço facilmente identificado como seu, por ser único e característico.

A sua vida e a sua arte são muito influenciadas pela luta que o seu povo travou para conquistar a sua independência e liberdade plena, e a sua pintura é reflexo disso.

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