O artista cabo-verdiano Mário Lúcio Sousa junta-se ao Coro e Orquestra da Gulbenkian, em Lisboa, Portugal, num concerto duplo na próxima quarta e quinta-feira. O mesmo promete uma fusão da música orquestral e música de Cabo Verde.
Na sua página oficial do Facebook, o artista escreveu que “este concerto nasceu da vontade de unir histórias, pessoas, culturas, povos e nações” onde “a música deu o mote”.
“Quando senti e pensei o encontro entre a Orquestra Gulbenkian e mim, não estava apenas a querer realizar uma epopeia estética e pioneira. Impelia-me a partilha luminosa, encontros, desejos de harmonia, intercâmbios e abraços”, expressou.
Multiplicar afectos
Mário Lúcio diz que escolheu essa via porque acredita que “dividir o palco é multiplicar afectos”.
“Sentir hoje a música de Cabo Verde abraçada por todo um mar de instrumentos, um arquipélago de timbres e de saberes outros, é ter dois mundos irmanados num abraço”, especificou sobre o concerto cujo repertório conta com temas próprios e outros de referência que ele mesmo escolheu.
“A minha escolha para os arranjos recaiu sobre a franco-boliviana, Élodie Bouny, guitarrista e compositora, a sensibilidade feminina, de mãe, para ouvir e escutar a alma da Morna. Em contraponto, o ilhéu e crioulo Miguel Nuñez, pianista cubano, arranjou as minhas composições mais modernas”, contou.
