Simão Calixto tinha 16 anos quando se inscreveu no PCP. As lutas na escola secundária Sebastião da Gama, em Setúbal, serviram de pavio para a motivação política do jovem estudante. “Lutávamos contra a falta de funcionários e contra os exames nacionais”, e, na escola, a organização comunista destacava-se na capacidade de arregimentar as tropas. Tanto que motivou Simão a entrar nas fileiras. 50 anos antes, Agostinho Lopes também estava envolvido nas lutas estudantis na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto quando “um camarada me convidou para o partido”. Aceitou e desde 1968 que tem cartão de militante do PCP.
Ambos estão “ao serviço do partido” e disponíveis para “as tarefas” que lhes forem atribuídas. A militância comunista é assim, sem idade para passar à ação. Simão já colou cartazes e pintou murais, participa em iniciativas do PCP e, nas últimas eleições legislativas, até já foi candidato a um lugar no Parlamento (em 16ª posição, não elegível, é certo). “Atrai-me o ideal de mudança para uma sociedade mais justa”, diz o jovem, hoje estudante de Tecnologia do Ambiente e do Mar no Instituto Politécnico de Setúbal, pronto para assumir as “tarefas que o partido considere necessárias”.
Artigo Exclusivo para assinantes
No Expresso valorizamos o jornalismo livre e independente
Comprou o Expresso?
Insira o código presente na Revista E para continuar a ler