Billy Idol, conhecido por êxitos como ‘Dancing With Myself’ ou ‘Rebel Yell’, recordou em entrevista ao jornal “The Telegraph” um passado marcado por dependência de heroína e um acidente de motorizada que quase o matou, assumindo que nunca foi tão feliz como neste momento.
“Consumia imensa heroína nessa época”, assume Idol ao falar sobre uma conturbada viagem à Ásia, em 1989, que só terminou com a intervenção de militares tailandeses. Depois de muitos milhares de dólares de estragos em hotéis e bordéis, o músico acabou num hospital, sendo posteriormente escoltado até ao aeroporto de Banguecoque por quatro soltados armados.
No ano seguinte, também sob o efeito de drogas, Idol sofreu um acidente de motorizada que quase o matou. “Foi um período de muita dor e confusão. Não sabia qual seria o meu futuro, mas sabia que tinha de mudar. Não podes drogar-te se estiveres morto”, recorda, “provavelmente nunca estive tão drogado quanto no tempo que passei no hospital, porque a cada 12 minutos podia receber morfina pura”.
“Libertarmo-nos da heroína é uma das piores coisas do mundo”, acrescenta o músico, “o Boy George estava certo quando disse que é como se o teu esqueleto esteja ali a tentar escapar do teu corpo. Penso que me assustei. Ainda há uma parte que me assusta”. Sobre a sua relação com substâncias no presente, revela: “Posso beber uns copos de vinho branco num restaurante e fumo uns charros, mas, no geral, fico longe de tudo. E é ótimo”.
Falando sobre o facto de ser avô de duas netas, Idol conclui: “Estou satisfeito por ainda cá estar para poder aproveitar. As miúdas são umas queridas e estou a gostar muito de ser avô. Felizmente, sobrevivi a tudo – parece que valeu a pena”.