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Bolsas europeias em baixa à espera de indicadores macroeconómicos

As principais bolsas europeias negociavam esta quarta-feira em baixa, pouco tempo após a abertura, pendentes da publicação de vários indicadores macroeconómicos, como a produção industrial da Alemanha, o PIB do primeiro trimestre da zona euro e as previsões da OCDE.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 0,10%, 0,32% e 0,14%, bem como as de Madrid e Milão, que se desvalorizavam 0,07% e 0,33%.

Depois de abrir em alta, a Bolsa de Lisboa estava cerca das 09:05 com o principal índice, o PSI, a cair 0,21% para 6.335,96 pontos.

Para as previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), os mercados antecipam uma revisão em baixa das estimativas anteriores, em linha com outros organismos no atual contexto de conflito bélico, retirada acelerada de estímulos monetários nos EUA e política de zero covid-19 na China.

No outro lado do Atlântico, Wall Street acabou em alta, apesar de os juros da dívida dos EUA a 10 anos se terem mantido em alta, acima de 3%, enquanto a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, antecipou que a inflação continuará a ser elevada.

Num contexto de inflação elevada, subida do preço do petróleo, previsões de subidas das taxas de juro pelos diversos bancos centrais e de receios de uma recessão, e à espera da publicação da taxa de inflação de maio nos EUA e da reunião da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), os juros da dívida europeia e dos EUA continuava hoje a subir.

Os juros da dívida a 10 anos dos EUA e da Alemanha estavam a subir respetivamente para 1,31% e 3,001%.

O petróleo Brent, de referência na Europa, também subia, designadamente 0,28%, para 120,9 euros.

Sobre reunião do BCE, analistas citados pela Efe não esperam movimentos, mas sim que a entidade confirme o calendário de atuação para os próximos meses, com uma progressiva normalização da política monetária para fazer frente a um cenário de inflação muito elevada na zona euro.

Os analistas referem ainda que esperam que as compras de dívida terminem em princípios de julho e que as taxas de juro comecem a subir na reunião do BCE de 21 de julho.

Agora, adiantam, a dúvida é se o BCE subirá as taxas de juro em 0,25 pontos ou em meio ponto percentual.

A bolsa de Nova Iorque terminou em alta na terça-feira, com o Dow Jones a subir 0,80% para 33.180,14 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro.

O Nasdaq fechou a valorizar-se 0,94% para 12.175,23 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro.

A nível cambial, o euro abriu em baixa no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0683 dólares, contra 1,0701 dólares na terça-feira.

O barril de petróleo Brent para entrega em agosto abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 120,86 dólares, contra 120,57 dólares na terça-feira.