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Cineasta russo demite-se depois de o seu país não se candidatar aos Óscares

Em plena tensão internacional devido à invasão da Ucrânia, país decidiu unilateralmente não submeter qualquer filme para nomeação para Óscar de Filme Internacional e não justifica a decisão. Pavel Chukhrai diz que decisão é “ilegal”.

Foto

"Leviathan" DR

O presidente da comissão russa para nomeação de filmes para os Óscares demitiu-se, noticiou a agência de notícias estatal TASS, depois de o país decidir não apresentar qualquer candidato a nomeação para os próximos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

Uma carta muito crítica parcialmente publicada pela TASS, Pavel Chukhrai, cujo filme O Ladrão foi nomeado para os Óscares em 1997, denuncio que a Academia de Cinema Russa decidiu unilateralmente não nomear qualquer filme sem o consultar. Considerando a decisão “ilegal, Chukhrai demitiu-se e diz que outro realizador da comissão também saiu como forma de protesto.

A Academia de Cinema Russa não revelou por que é que não vai submeter um filme para os Óscares. No seu comunicado, porém, identificou Chukhrai como seu presidente, sem mais detalhar.

A comissão em causa decide que filme candidatar a uma nomeação para o prestigiado Óscar de Melhor Filme Internacional. A Rússia já recebeu esse Óscar em 1994 por Burnt by the Sun, sobre um oficial do Exército Vermelho e a sua mulher e o regresso de um antigo amante durante a purga de Estaline em 1936.

Os últimos dois filmes russos nomeados foram Leviathan (2014, vencedor do IndieLisboa) e Loveless (2017), ambos de Andrey Zviaginstev, um raro exemplo de um realizador russo no activo que fala de temas políticos no seu filme.