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Com Orçamento à porta, PS teme excesso de cautela do Governo

O Governo parte para o Orçamento do Estado para 2023 com uma margem que não contava ter há uns meses. Crescimento económico acima do previsto e receitas fiscais a baterem recordes podem deixar o défice no final do ano bem abaixo da meta de 1,9% do PIB fixada por Fernando Medina. O Conselho das Finanças Públicas (CFP), por exemplo, estima que o valor final poderá ser de 1,3% tendo em conta os dados da execução orçamental já conhecidos. A confirmar-se este cenário, o PS estremece: “Era mau politicamente para o PS e para o Governo”, diz uma fonte. “Era politicamente insustentável termos 90% da população a perder poder de compra real e termos um défice mais baixo ou até excedente”, diz outra fonte socialista, lembrando que a solução de antecipar meia pensão para os pensionistas já este ano foi para evitar isso mesmo.

Ciente da incerteza e dos efeitos prolongados da guerra na economia, os socialistas são sensíveis ao argumento das contas certas e até há quem lembre os efeitos benéficos de um défice mais baixo: menos défice é menos dívida e menos dívida é mais dinheiro para investir nas famílias. Mas o receio de que o Orçamento não seja tão expansionista como se esperaria é real. “Este Orçamento devia ser um Orçamento de viragem”, diz um socialista que admite ter receio de que o fator trabalho (nomeadamente os mais qualificados) e os pensionistas sejam os mais “penalizados” neste contexto de crise, que é diferente da crise pandémica (onde a economia funcionava como uma mola). Mais investimento público é outra exigência que os socialistas querem ver na letra da lei, pedindo que não se “espere” pela reta final da legislatura para dar sinais nesse sentido (ver texto principal).

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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