Luís Vieira em novo processo.
O ex-diretor-geral da Polícia Judiciária Militar (PJM), coronel Luís Vieira, um dos 23 arguidos do processo de furto e recuperação do armamento militar dos Paióis Nacionais de Tancos, enfrenta um novo julgamento, em que está acusado do crime de violação do segredo de justiça.
Ver comentários Este novo processo será julgado em Lisboa, na próxima semana, estando em causa as conversas que Luís Vieira manteve, nomeadamente com Azeredo Lopes, na altura ministro da Defesa Nacional, e com Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, sobre a investigação do assalto, que estava a ser dirigida pela Polícia Judiciária (PJ) civil, com "colaboração institucional da PJM", por determinação da procuradora-geral da República.
Segundo a acusação, Luís Vieira revelou "sucessivamente" nessas conversas "elementos e informações do processo de investigação criminal que estava sujeito a segredo de justiça, pelo que lhe estava vedado, até pelo exercício das suas funções, divulgar ou comentar esses elementos e informações". Queria "influência política e/ou hierárquica a favor da sua posição, no sentido de ser cometida à PJM a titularidade da investigação", por estar "profundamente desagradado" com a decisão da procuradora-geral da República.Luís Vieira "nega perentoriamente ter praticado o crime de violação do segredo de justiça" e alega que "só referiu questões relacionadas com a competência legal da investigação que, no seu entendimento, era exclusiva da PJM".