Considerado um doente de risco, o veterano da RTP, de 75 anos, está atento à possível evolução da doença: “Com menos 20 anos estaria mais tranquilo”
Estável e com sintomas ligeiros do vírus é entre o quatro e o escritório que Júlio tem dividido as suas rotinas durante o período do confinamento, em que tenta manter alguns dos seus compromissos profissionais. "Tenho sintomas razoavelmente discretos, mas nunca tive febre, tosse ou sensação de exaustão", contou o veterano que está alerta com uma possível evolução da doença. "Com menos 20 anos estaria mais tranquilo, mas tenho lido o suficiente para saber que a idade não determina a mortalidade", diz.
Confiante na sua recuperação, Júlio Isidro conta que sempre manteve uma vida saudável e que isso poderá ser o seu grande ‘trunfo’ para combater o vírus. "Tenho esperança que uma vida inteira a ser careta vale a pena. Nunca fumei, consumi drogas e álcool só esporadicamente. Não tenho antecedentes clínicos por isso acho que são boas notícias."Ainda assim, Júlio revelou que tem sentido uma perda drástica de apetite, e que a mulher Sandra tem sido o seu principal pilar e incentivo. "Deixei quase de comer. Tenho muito pouco apetite mas a minha mulher obriga-me. Ainda há pouco me trouxe uma fatia e bolo", contou.
Apesar do teste positivo ao vírus, Júlio não deixou de fazer o seu programa de rádio, uma das suas grandes paixões. "Fiz no último sábado e já estava diagnosticado. Isso faz parte do compromisso que eu tenho com o público, com as pessoas que me têm acompanhado ao longo destes anos todos e também é uma forma de me manter ativo e ocupar o tempo livre", contou.
Cansado de estar "enclausurado", o veterano da RTP já pensa no regresso ao trabalho em segurança nas próximas semanas. "Falei com a delegada de saúde e vou fazer um novo teste nos próximos dias. Tenho esperança que esteja tudo bem", disse.