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Reveladas novas imagens do impacto da sonda num asteróide

Há novas imagens do impacto da sonda DART na pequena lua Dimorphos, que gira à volta do asteróide Didymos. As fotografias são do mini-satélite LICIACube (de Light Italian CubeSat for Imaging of Asteroids), da agência espacial italiana, que apanhou boleia da sonda da NASA e foi libertado há mais de dez dias antes da colisão com o asteróide. Depois da colisão, o pequeno satélite continuou a alta velocidade até desaparecer.

“Aqui estão as primeiras imagens tiradas pelo LICIACube do impacto da DART no asteróide Dimorphos”, refere-se na publicação feita nas redes sociais pela conta do mini-satélite. “Agora, semanas e meses de trabalho árduo estão a começar para cientistas e técnicos envolvidos nesta missão, por isso, mantenha-se atento porque teremos muito para lhe contar.

A colisão propositada da DART em Dimorphos aconteceu esta terça-feira já depois das 00h14. Este foi assim o primeiro teste espacial de defesa planetária.

A DART foi criada com o objectivo de preparar a defesa planetária antes que se descubra um objecto que possa colidir na Terra e que cause danos consideráveis. De seu nome “Double Asteroid Redirection Test” (daí o DART), a missão é composta por uma sonda utilizada para se testar o método “deflexão de impacto cinético”. Isto é, vai tentar demonstrar-se que um potencial asteróide que cause danos na Terra pode ser deflectido (ou seja, desviado) através da colisão intencional de uma sonda.

O alvo desta missão foi um sistema composto pelo asteróide Didymos, com 780 metros de diâmetro, e pela sua lua Dimorphos, que tem 160 metros de tamanho. Estão a cerca de 11,5 milhões de quilómetros de nós. Use as ferramentas de partilha que encontra na página de artigo. Neste momento, estes corpos celestes não são considerados um perigo imediato para a Terra, daí a DART ser “apenas” um teste de defesa planetária

Já se conseguiu fazer com que uma sonda colidisse intencionalmente com um asteróide na tentativa de alterar um pouco a sua órbita e, consequentemente, a do outro asteróide maior que faz parte do sistema. Mas conseguiu-se causar, de facto, esse desvio? Com os telescópios aqui na Terra e no espaço, cientistas confirmarão se a DART alterou ligeiramente a órbita dos corpos celestes. Ao longo das próximas semanas, medir-se-á a mudança orbital de Dimorphos para determinar quão eficaz foi a DART. Daqui a dias ou semanas, ficaremos a saber.

Mas é necessário saber qual o cenário do impacto e só com a DART e telescópios não teríamos essa perspectiva. Para isso, será lançada em 2024 a missão Hera, da Agência Espacial Europeia (ESA). Este veículo alcançará o sistema de Didymos em 2026 e vai com ela um grande toque português através das empresas Efacec, GMV, Synopsis Planet, FHP e Tekever. Com diferentes papéis, participarão no sistema de navegação ou no instrumento que permitirá medir a distância da Hera ao asteróide.