Sao Tome
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BASTA propõe Pacto de Regime para salvar STP

BASTA, é o nome do mais recente movimento político que nasce em São Tomé e Príncipe.

A Comissão Instaladora do Movimento BASTA, fez a apresentação do seu projecto de sociedade. Na cerimónia de apresentação, Salvador Ramos, ex-ministro dos negócios estrangeiros, embaixador de carreira, um dos promotores do movimento, explicou as razões que provocaram o surgimento do BASTA.

Segundo Salvador Ramos, coordenador da comissão instaladora, o movimento foi criado por um grupo de cidadãos no país e na diápora, inconformados com o que tem passado em São Tomé e Príncipe, ao longo de décadas.

«É um grito de alerta de um amplo movimento nacional, constituído por cidadãos de todos os quadrantes políticos e da sociedade civil, que entendem que chegou a hora de dizer BASTA, a tudo quanto tem semeado a divisão no seio dos são-tomenses, e impedindo o país de desenvolver de forma sustentável», afirmou Salvador Ramos.
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A degradação política, social e ambiental, preocupa os criados do BASTA.

Apresentação do Movimento BASTA

«Jovens encontram-se sem esperança no futuro em muitos querem abandonar o país», precisou o coordenador da comissão instaladora.

A mediocridade é um dos males que domina o país, principalmente a administração pública. BASTA diz que o Estado continua a ser o maior empregador.

«A partidarização de cargos e funções que foi introduzido na função pública, tem alimentado a mediocridade, a perseguição e a exclusão social, e a corrução. O que leva muitos, a alimentarem a pretensão de quererem ser sem antes aprender….», referiu Salvador Ramos.

O país que o BASTA diz estar a beira do precipício é dominado por egoísmo e pela ideologia individualista.

«Urge colocar um BASTA em tudo quando nos vem prejudicando, nos vem dividindo, nos vem tornando uns inimigos de outros, quando temos a consciência de que todos juntos ainda somos poucos para os desafios de transformar São Tomé e Príncipe num país próspero e sustentável», pontuou.

Por causa de tudo isso nasce o BASTA. Segundo Salvador Ramos, para salvar o país, o movimento propõe a criação de um Pacto de Regime.

Salvador Ramos no centro da mesa do BASTA

Perante o país e o mundo, os cidadãos promotores do BASTA, assumiram o compromisso de a curto, médio e longo prazos, institucionalizar o fórum permanente de consulta dos partidos políticos.

O movimento BASTA, defende a revisão da constituição da República, a elaboração de um plano nacional de desenvolvimento sustentável, o diálogo permanente com a sociedade, e o reforço da democracia e do Estado de direito.

A revisão do ordenamento do território e da administração territorial, é outro compromisso inscrito no Pacto de Regime, assim como a promoção da unidade nacional e do pluralismo nos órgãos da comunicação social.

Segundo Salvador Ramos, a «reforma e modernização da justiça, do sistema nacional da saúde, da educação e da segurança social, a institucionalização da alta autoridade de luta contra a corrupção, e concepção de uma política externa do Estado», são outros pontos estruturantes do Pacto de Regime.

O Movimento diz que definiu 12 compromissos com o povo dentre os quais, a criação de 4 mil novos postos de emprego.

De acordo as declarações do coordenador da comissão instaladora, um governo do BASTA, estaria comprometido com a informatização do serviço nacional de saúde. A construção e apetrecho de um hospital central de referência, seria uma das principais prioridades.

«Adopção de uma nova política de aquisição e gestão das viaturas do Estado. Garantia da ligação inter – ilhas e aposta na criação de uma rede de transportes públicos. Criação de um Estatuto da diáspora. Transição digital, e incentivo a construção de habitação para pessoas de renda baixa», são outros compromissos eleitorais do BASTA para com o povo de São Tomé e Príncipe. .

BASTA quer ganhar as eleições legislativas, autárquicas e regionais de 25 de Setembro próximo, para segundo a comissão instaladora, «mudar São Tomé e Príncipe».

Assistência na apresentação do Movimento BASTA

O Movimento BASTA, já conta com o apoio do partido PCD(Partido da Convergência Democrática). Uma força política que integra a coligação parlamentar PCD-MDFM-UDD. Uma coligação parlamentar que em parceria com o partido MLSTP, governa São Tomé e Príncipe desde o ano 2018 e com uma maioria simples de 28 assentos no parlamento.

Delfim Neves, Presidente da Assembleia Nacional, e militante do PCD, foi quem anunciou à imprensa que estava em forja a criação do Movimento Basta.

«Não é coisa do Delfim. É um movimento aberto a sociedade. É para pormos o ponto final ao passado triste. Precisamos unir os são-tomenses, afastar o fenómeno do ódio», declarou Delfim Neves.

Na cerimónia de apresentação do movimento, na terça – feira 7 de Junho, no arquivo histórico de São Tomé, foi notória a presença de diversas individualidades políticas e sociais, que apoiaram a candidatura de Delfim Neves às eleições presidenciais do ano 2021.

Estão todos agora enfileirados no Movimento Basta.

Abel Veiga