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9,5 milhões de pessoas trabalharam remotamente no País em 2022, revela IBGE

Cerca de 9,5 milhões de pessoas trabalharam remotamente no País em 2022, o que representa 9,8% do total de ocupados que não estavam afastados do trabalho no período. Os dados são do módulo Teletrabalho e trabalho por meio de plataformas digitais – 2022, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgado nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A região Sudeste concentrou 5,067 milhões de trabalhadores remotos, seguida por Nordeste (1,657 milhão), Sul (1,506 milhão), Centro-Oeste (751 mil) e Norte (482 mil).

Se considerados apenas os que usaram aparelhos de telecomunicações para o trabalho remoto, houve um contingente de 7,399 milhões de pessoas em teletrabalho, uma fatia de 7,7% dos ocupados em atividade. Considerado um subgrupo do trabalho remoto, esses trabalhadores atuavam, ao menos parcialmente, em um local alternativo ao local padrão de trabalho e usavam equipamentos de tecnologia da informação e comunicação em suas atividades laborais, explicou o IBGE.

A proporção de ocupados que realizaram teletrabalho foi maior entre as mulheres (8,7%) do que entre os homens (6,8%). Quanto ao recorte por cor ou raça, a fatia de pessoas em teletrabalho entre os brancos alcançou 11,0%, mais que o dobro da registrada entre os trabalhadores pretos (5,2%) e pardos (4,8%). O teletrabalho foi mais recorrente também entre os trabalhadores com ensino superior completo, alcançado 23,5% dos ocupados com esse nível de escolaridade.

Como consequência, o perfil do profissional ocupado em teletrabalho foi majoritariamente com ensino superior completo (escolaridade alcançada por 69,1% dos ocupados em teletrabalho), na faixa de 25 a 39 anos (49,6% desses ocupados) e de cor branca (63,3%).

Mais de um quarto (25,8%) das pessoas ocupadas no setor de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas realizou teletrabalho em pelo menos um dia no período de referência da pesquisa.

“É importante destacar que, pela definição de teletrabalho, diversas profissões apresentaram baixa correlação com essa forma de trabalho, e os motivos são diversos: necessidade de presença física, uso de equipamentos ou materiais específicos que não estão relacionados aos equipamentos de TIC, necessidade de deslocamento frequente, como pessoas que trabalham em espaços públicos, entre outros”, ponderou o IBGE.

O rendimento médio dos teletrabalhadores foi de R$6.479 em 2022, 2,7 vezes maior do que os R$ 2.398 obtidos pelos que não trabalharam dessa forma.

“Enfatiza-se que os dados da Pnad Contínua não indicam que o maior rendimento médio dos teletrabalhadores seja uma consequência do teletrabalho, mas, sim, que o perfil predominante das pessoas em teletrabalho está correlacionado com maiores rendimentos, em razão de fatores diversos, tais como: ocupações relacionadas a maior nível de escolaridade; empresas inseridas em atividades que pagam maiores remunerações; existência de estrutura para o teletrabalho no próprio domicílio, a qual costuma ser cara e, muitas vezes, não é custeada pela empresa; disponibilidade de acesso e de pagamento para Internet de qualidade, entre outros”, enumerou o IBGE.

Quase metade (49,6%) dos domicílios com trabalhadores ocupados tinha computador e Internet. Nos lares dos teletrabalhadores, essa proporção foi de 91,2%.

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