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Começam em Cuba conversações de paz entre governo colombiano e a guerrilha do ELN

"Apelamos para retomar as negociações com o Exército de Libertação Nacional nesta terra de paz" , disse o chanceler colombiano, Álvaro Leyva



ARN - O governo colombiano iniciou nesta quinta-feira (11) a busca de um acordo de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN) em Cuba, onde se iniciará um diálogo entre as partes.

Em entrevista coletiva, o chanceler colombiano, Álvaro Leyva, disse que está apelando para retomar o diálogo com o ELN para "iniciar o caminho proposto pelo presidente (Gustavo) Petro" para alcançar a "paz total".

“Obrigado à República de Cuba por sua hospitalidade, estamos honrados por estar aqui. Obrigado pela nova acolhida para fins de reconciliação que nos acompanhará hoje e sempre”, comentou o ministro colombiano na entrevista realizada horas depois de sua chegada ao país caribenho.

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Além disso, destacou que Cuba já foi garantidora do acordo de paz entre o Estado colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército Popular, em 2016, algo que foi considerado “um exemplo para o mundo inteiro”.

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Enquanto isso, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, destacou o fato de que a ilha recebe este início de diálogo entre as partes junto com representantes da Noruega e das Nações Unidas.

"Que esta visita ocorra apenas quatro dias após a posse do presidente Gustavo Petro, tem um alto significado para relançar e aprofundar as relações entre os governos da Colômbia e Cuba, com a qual estamos unidos por profundos laços culturais", disse. 

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Além disso, Rodríguez considerou que esta é "uma nova oportunidade" para retomar o diálogo e avançar a paz "da maneira que as partes decidirem". 

Esta visita se realiza para avançar nos diálogos exploratórios para retomar as conversações de paz iniciadas em 2017, durante o governo de Juan Manuel Santos (2010-2018), e suspensas em 2018, já com o ex-presidente Iván Duque (2018-2022) no governo.

Além do chanceler, a delegação é composta pelo comissário de paz, Danilo Rueda, o senador Iván Cepeda e o chefe da Missão de Verificação das Nações Unidas na Colômbia, Carlos Ruiz Massieu. O grupo se reunirá com membros do ELN e com delegados do governo cubano.

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Em 29 de julho, após concluir uma reunião com os embaixadores de vários países latino-americanos, o então presidente eleito anunciou que transmitiu ao embaixador cubano na Colômbia, Javier Camaño, sua intenção de que a ilha continue a sediar os diálogos de paz com o ELN, caso o processo seja reativado.

Entre outras coisas, Petro destacou naquele momento que todos os outros países que foram garantidores do diálogo - Brasil, Cuba, Chile, Equador, Venezuela e Noruega - têm o convite permanente para manter esse papel nos acordos.

O agora presidente da Colômbia prometeu desde a campanha eleitoral tentar retomar o diálogo com o ELN em busca de um acordo semelhante ao alcançado com as FARC. Os guerrilheiros também manifestaram em várias ocasiões sua disposição de retomar as negociações de paz. 

Em um comunicado divulgado em 4 de julho e assinado pelo atual chefe desse grupo guerrilheiro, Eliécer Herlinto Chamorro, de codinome Antonio García, a organização expressou sua disposição de "retomar as negociações de paz com o novo governo para que seus resultados tragam paz com a sociedade justiça para toda a Colômbia".