247 - A inflação de preços ao consumidor no Reino Unido saltou para 10,1% em julho, a maior desde fevereiro de 1982, ante uma taxa anual de 9,4% em junho, intensificando o aperto nas famílias, mostraram números oficiais nesta quarta-feira (17), informa a Reuters.
O aumento ficou acima de todas as previsões dos economistas em uma pesquisa da Reuters de que a inflação subiria para 9,8% em julho. Nada indica que as pressões sobre os preços possam se reduzir.
Apesar de alertar que uma recessão era provável, o Banco Central no início deste mês elevou sua taxa básica de juros em 0,5% para 1,75% - seu primeiro aumento de meio ponto desde 1995.
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A expectativa é de que o Banco Central aumente as taxas de juros em mais meio ponto a taxa de juros para 2,25% em sua próxima reunião em setembro.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEA Grã-Bretanha não é o único país a enfrentar o aumento dos preços. Muitos economistas acreditam que a inflação nos EUA atingiu o pico depois de cair para 8,5% em julho, de uma alta de quatro décadas de 9,1% em junho.
O ministro das Finanças britânico, Nadhim Zahawi, disse que manter a inflação sob controle é sua principal prioridade. consulte Mais informação
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O aumento dos preços da energia na Europa, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, é o principal motor da inflação e deve levar o Reino Unido a uma recessão longa, embora superficial, ainda este ano, segundo o Banco Central.
A atual conta de energia doméstica típica anual é de pouco menos de 2.000 libras (US$ 2.421) - quase o dobro do nível do ano anterior - e deve subir acima de 4.000 libras em janeiro, de acordo com analistas do setor Cornwall Insight.
Milhões de lares britânicos terão dificuldades com as contas mais altas, e os supermercados já relatam que os clientes estão mudando para marcas mais baratas. consulte Mais informação
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Dados divulgados na terça-feira mostraram que os rendimentos dos trabalhadores ajustados pelo índice de preços ao consumidor caíram 4,1% nos três meses até junho, a maior queda desde o início dos registros em 2001.
Os dois candidatos para se tornar o próximo primeiro-ministro da Grã-Bretanha estão sob pressão para dizer o que farão para ajudar a população.
A secretária de Relações Exteriores Liz Truss, a principal candidata, disse que tentaria trabalhar com empresas de energia para reduzir os preços, enquanto o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak disse que eliminaria o imposto sobre valor agregado nas contas de energia por um ano.
O Partido Trabalhista, de oposição, pediu um congelamento dos preços da energia.