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Preso 4º acusado de estuprar menores que conheceu no Discord

 (crédito: Kleber Tomaz)

(crédito: Kleber Tomaz)

A Polícia Civil de São Paulo (PC-SP) prendeu o quarto integrante de um grupo investigado por suspeita de ameaçar e estuprar menores de idade. Carlos Eduardo Custódio do Nascimento, 19 anos, mais conhecido como "DPE", se apresentou, nesta segunda-feira (26/6), a uma delegacia no Carandiru, na zona norte de São Paulo.

Ao menos duas meninas foram vítimas. Com 13 e 16 anos, elas residem, respectivamente, em Santa Catarina e São Paulo, e foram abordadas pelo no Discord (aplicativo de mensagens e comunidades online usado, majoritariamente, por jovens do público gamer), onde o grupo as atraía e estimulavam as meninas a enviarem fotos e vídeos nuas.

A polícia investiga a possibilidade de que membros do grupo tenham estuprado, ao menos, mais cinco vítimas: três em São Paulo, uma no Amapá e outra no Espírito Santo. Além de DPE, a polícia já havia prendido outros três adultos, na semana passada.

Após a Justiça acatar pedido do Ministério Público e decretar a prisão temporária de Carlos Eduardo, ele  se apresentou, junto do advogado, a uma delegacia em SP. Ele é acusado de estupro por ao menos uma menina, de 13 anos. Ela contou à Polícia que, após conhecê-lo no Discord, fugiu de Santa Catarina, onde morava com a família, para residir com DPE numa casa, em São Paulo. Segundo a investigação, foi neste imóvel que a jovem foi violentada sexualmente.

Entenda o Caso

Segundo as autoridades, o grupo, do qual os outros três detidos também faziam parte, abordava as vítimas no Discord e, depois, pedia fotos íntimas das garotas. Em seguida, as obrigavam a fazer tarefas sádicas, sob ameaça de divulgar as imagens nas redes sociais.

Entre as obrigações impostas pelos criminosos, estavam: o envio de mais fotografias e vídeos íntimos, automutilação, marcando a pele com as iniciais dos apelidos deles, e ter relações sexuais forçadas com eles. Alguns desses abusos eram filmados e compartilhados entre os agressores.

Os outros detidos pela polícia são:

  • Vitor Hugo Souza Rocha, o "Verdadeiro Vitor", 21 anos (detido no começo de junho em Bauru, interior paulista), investigado por armazenar pornografia infantil;
  • Gabriel Barreto Vilares, o "Law", 22 (preso também na sexta passada, dia 23, na capital paulista), investigado por estupro e ameaça;
  • William Maza dos Santos, o "Joust", 20 (detido na sexta em São Paulo), investigado por estupro e ameaça;

Durante cumprimento de mandados de busca e apreensão, a polícia encontrou nos computadores dos investigados, fotos e vídeos das adolescentes nuas, além de conversas que comprovam os crimes cometidos contra elas. Um dos aparelhos continha um arquivo com o nome "backup das vagabundas estupráveis".

A Polícia e o MP apuram a possibilidade do grupo, do qual DPE é apontado como chefe, ter cometido mais crimes, como associação criminosa, discriminação racial e tráfico de drogas.

"São sádicos, são misóginos. Eles têm um asco, um avesso por mulheres", afirmou Fábio Pinheiro, delegado responsável pela investigação.

"Não se trata de desafios que estão sendo praticados por adolescentes. Se trata de criminosos: grande maioria é maior de idade", alegou a promotora Maria Fernanda Balsabobra.

O MP também investiga o Discord. “Nós estamos apurando, através de um inquérito civil, a falta de segurança da plataforma Discord. Crimes individuais sempre vão ocorrer na internet. O que diferencia é a detecção de que nessa plataforma está ocorrendo um discurso estruturado de ódio. Um local propício para que eles planejem ataques às vítimas e, principalmente, transmitam o conteúdo do crime”, explica o promotor Danilo Orlando.

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