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TCU abre processo para investigar gastos em duplicidade do governo Bolsonaro

Deputado Elias Vaz (PSB-GO), autor da representação, identificou que o governo informa despesas no cartão corporativo que já são pagas por contratos ou diárias a servidores



247 - O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu procedimento para apurar gastos em duplicidade do governo federal com contratos e cartão corporativo. O relator será o ministro Antonio Anastasia. A representação é do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) que identificou a irregularidade.

"Há despesas informadas na fatura do cartão e contratos firmados pela União para os mesmos serviços. É uma verdadeira farra com dinheiro dos impostos dos brasileiros. Queremos que as contas anuais do presidente sejam rejeitadas e os valores sejam devolvidos aos cofres públicos", afirma o deputado.

A auditoria do TCU, feita em pedido de Elias Vaz a partir de requerimento aprovado na Câmara, revela que desde o início de seu governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) gasta cada vez mais alto com hospedagem, alimentação e locomoção nas faturas do cartão corporativo. O presidente costuma alegar que o valor é decorrente de despesas com equipes de segurança em viagens, mas os militares responsáveis pela sua segurança e de seu vice, Hamilton Mourão (Republicanos), recebem diárias para pagar o custo de alimentação e hospedagem. Entre janeiro de 2020 e maio de 2022, o valor foi de R$10.767.281,13 em diárias, segundo levantamento no Portal da Transparência.

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A locomoção também está garantida. O governo pagou, entre janeiro de 2020 e maio deste ano, R$12.154.944,08 à empresa Miranda Turismo e Representações Ltda para fornecimento de passagens. “Se eles recebem a passagem porque o governo tem contrato pra isso, as diárias pra pagar alimentação e hospedagem, como é que os seguranças do Bolsonaro estão inflando o cartão corporativo? Há sérios indícios de que o cartão vem sendo usado pra pagar viagens de lazer, alimentação de luxo e caronas para parentes e amigos do Bolsonaro", destaca o autor da representação.

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Avião presidencial

Um levantamento do deputado federal mostra que os caroneiros foram "muito bem alimentados" durante as viagens. Somente entre janeiro e maio deste ano, o governo federal pagou R$527.059,65 com refeições dentro do avião presidencial.

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O contrato 05/2017, com a International Meal Company Alimentação S.A. já custou R$ 1.803.975,89 de 2020 até o mês passado e prevê o fornecimento de refeições prontas (almoço, jantar e café da manhã), bebidas, lanches (salgados e sanduíches), petiscos (castanhas, barras de cereais e frios), frutas, doces e gelo.

O governo também mantém contrato com a Hot Cozinha Industrial LTDA para fornecer refeições aos funcionários e convidados do Palácio do Planalto. De maio de 2020 a maio deste ano, o valor foi de R$6.435.199.

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