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100 mil alunos sem aulas por falta de professores

Correio da Manhã
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Baixas médicas e reformas vão agravar problema.
Duas semanas depois do início do ano letivo há mais de 100 mil alunos sem todos os professores atribuídos. Em 73,7% das escolas faltam, sobretudo, professores de Informática, Físico-Química, Português, Matemática, Biologia-Geologia, mas também educadores de infância e docentes do 1º ciclo, de acordo com um inquérito da Federação Nacional de Professores (Fenprof). Há estabelecimentos de ensino onde faltam 34 docentes.“A abertura do ano letivo 2022-23 confirmou o fracasso das medidas avulsas tomadas pelo Ministério da Educação”, realçou esta terça-feira Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof. A falta de professores está a ser colmatada com recurso a licenciados sem profissionalização, em especial na zona da Grande Lisboa, Alentejo e Algarve, denunciou a Fenprof. Mário Nogueira alerta que o problema vai agravar-se, já que aos 3000 docentes a quem foi reconhecido o direito à mobilidade por doença que não foram colocados e que poderão entrar de baixa juntam-se os 680 que vão reformar-se até 31 de dezembro. Também há falta de trabalhadores não docentes, em particular assistentes operacionais, diz a Fenprof.PORMENORES Contratação direta
O ministro da Educação, João Costa, informou que estão a ser adjudicadas 7500 juntas médicas para vigiar “alguns padrões de baixa” de professores, embora defenda que, por princípio, toda a gente é honesta.Queixa contra o Estado
A Fenprof vai apresentar queixa contra o Estado sobre a alteração do regime de mobilidade por doença. Também vai lançar um abaixo-assinado contra o reforço do recrutamento pelas escolas e a possibilidade de os diretores escolherem uma percentagem dos docentes.Ameaça de greve e exigência de aumentos salariais
Os professores admitem avançar para a greve caso sejam esquecidos no próximo Orçamento do Estado, numa luta que começa dentro de uma semana em frente ao Parlamento. Aumentos salariais (no mínimo em 10%), fim das quotas nas avaliações e das vagas para progressão são algumas das reivindicações. Querem ainda ser ressarcidos pelos anos anos em que os seus salários estiveram congelados.
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