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Aliados de Putin criticam mobilização de reservistas para a guerra

Correio da Manhã
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Presidentes das duas câmaras do Parlamento e editora de TV pró-Kremlin atacam “excessos” das autoridades militares.
Mais de duas mil pessoas já foram detidas durante os protestos contra a mobilização parcial decretada por Putin

Mais de duas mil pessoas já foram detidas durante os protestos contra a mobilização parcial decretada por Putin FOTO: ANATOLY MALTSEV/EPA

Proeminentes aliados de Vladimir Putin criticaram este domingo a forma caótica como está a decorrer o processo de recrutamento dos 300 mil reservistas mobilizados para combater na Ucrânia, alertando que os “excessos” cometidos pelas autoridades estão a fazer aumentar a revolta da população e podem levar mais russos a tentar fugir da guerra.Desde que Putin ordenou a mobilização parcial de 300 mil reservistas, na quarta-feira, que se sucedem os relatos de pessoas forçadas a apresentarem-se nos centros de recrutamento mesmo quando não cumprem os critérios determinados pelo Ministério da Defesa, incluindo possuírem anterior experiência militar e algum tipo de especialidade. Há, inclusive, notícias de parteiras e ex-militares deficientes que foram forçados a alistar-se. “Estes excessos são absolutamente inaceitáveis. É natural que exista uma forte reação por parte da sociedade”, afirmou a presidente do Conselho da Federação, a câmara alta do Parlamento russo, Valentina Matviyenko. “Se foram cometidos erros, devem ser corrigidos”, sublinhou, por seu lado, o presidente da Duma, Vyacheslav Volodin. Já a editora-chefe do canal e televisão RT, Margarita Simonyan, admitiu que a gestão caótica do processo de recrutamento “está a enfurecer as pessoas” e exigiu o apuramento de responsabilidades.

Anexação consumada a 30 de setembro
O Parlamento russo poderá votar já na sexta-feira a integração das regiões ucranianas ocupadas no território da Rússia. Segundo a Tass, assim que forem conhecidos os resultados dos referendos em curso naquelas regiões, que terminam amanhã, dará entrada na Duma uma proposta formal para a sua anexação, e o próprio Presidente Putin deverá falar aos deputados antes da votação. Entretanto, o MNE Sergei Lavrov reiterou na ONU que os novos territórios terão “proteção total” da Rússia, incluindo nuclear.
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