Portugal
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Entre a tradição e a modernidade, MEMA. atuou para curiosos de todas as idades nas Vodafone Music Sessions

"Eu para o festival não vou", diz dona Arminda, depois de assistir com atenção ao concerto "secreto" da portuguesa MEMA. na Associação Cultural Recreativa e Desportiva do Padornelo, uma pequena freguesia de Paredes de Coura. Tradição dos últimos anos do festival, esta série de espetáculos leva campistas e outros convidados a palcos alternativos como igrejas, montanhas ou - como aconteceu esta tarde - salinhas onde se sentaram, lado a lado, festivaleiros em tronco nu ou biquíni e casais de idade como a dona Arminda, que para o festival não vai, mas apreciou o concerto intimista, e o seu marido, o senhor Brito.

Natural de Aveiro, MEMA. (nome de batismo: Sofia Marques) é uma autora de canções peculiares, que cruzam a tradição (nomeadamente através de samples de gaitas de foles) com a eletricidade da sua guitarra e beats eletrónicos. Tudo concorre, em canções como 'Fogo' ou 'Perdi o Norte', para um certo (e bem-vindo) dramatismo. Depois do EP "Cidade Sal", inspirado na sua cidade natal, MEMA., que começou a sonhar este projeto quando vivia em Dublin, na Irlanda, irá lançar um novo trabalho, do qual ouvimos, esta tarde, 'Eu Estou Bem'. Nessa canção, pediu às seletas dezenas de espectadores que enchiam a associação cultural que se levantassem e batessem palmas ao som de uma música que, confessou, é sobre aqueles dias em que estamos tudo menos meu.

"Este é o meu primeiro grande festival. Ainda sou um bocado bebé nestas andanças", explicou, um pouco nervosa, enquanto convidava os presentes a assistirem ao seu concerto no palco principal do Vodafone Paredes de Coura, neste segundo dia de festival. A dona Arminda e o senhor Brito - que prefere música do outro lado da península - não aceitaram o convite, mas MEMA. acabou por atuar para uma simpática plateia nesta sua estreia no festival minhoto.