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Falta de clínicos põe em risco juntas médicas para verificarem professores

Sindicatos dizem ser "tarefa impossível" criar 7500 juntas para verificar professores de baixa ou em mobilidade por doença.
Falta de médicos pode dificultar juntas anunciadas pelo Ministério da Educação

Falta de médicos pode dificultar juntas anunciadas pelo Ministério da Educação

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) considera "uma tarefa impossível" criar 7500 juntas médicas para verificar situações de professores de baixa ou em mobilidade por doença, como anunciou o Ministério da Educação.

"Acho que é uma tarefa totalmente impossível, que provoca os professores com esta situação, porque põe em causa a sua honorabilidade, mas depois não arranjam ninguém para fazer isto", disse à Lusa João Proença, presidente da FNAM, acrescentando: "Não temos gente suficiente para assegurar consultas, cirurgias e atividade programada, para não falar das urgências". Gustavo Tato Borges, da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, também confirmou que há um "atraso muito grande" nos processos de avaliação de incapacidade, embora estes casos sejam tratados por outras juntas médicas.

O Ministério da Educação explicou esta terça-feira que a verificação dos casos dos professores que pedem para mudar de escola por questões de saúde vai caber às juntas médicas regionais, que funcionam junto da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, para comprovação das declarações prestadas.

Pormenores


Espera de dois anos
A ministra da Saúde admitiu, em junho, atrasos na realização de juntas médicas, havendo quem espere mais de dois anos para ser chamado, apesar de a lei prever um prazo máximo de 60 dias. As juntas são feitas em regime de excecionalidade por equipas dos centros de saúde.

Ultrapassagens negadas


A Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública garantiu que as pessoas que aguardam por uma junta médica para a avaliação de incapacidade não serão ultrapassadas pelos processos dos professores.
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