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Fernando Santos e o jogo 100 pela seleção: “O primeiro foi o mais marcante de todos. Lembro-me que não consegui cantar o hino”

No passado falou em dificuldades contra três centrais

“Temos de encontrar a melhor solução. É verdade que vamos defrontar uma equipa que defende de maneira diferente da Bélgica e Alemanha, apesar do posicionamento em termos estruturais ser praticamente o mesmo. São equipas diferentes. Eles jogam em 5-4-1 em organização defensiva e em organização ofensiva jogam em 3-4-3. A Bélgica e Alemanha são equipas de posse, que tentam empurrar o adversário para trás, que tentam chegar com muita gente à frente. Esta República Checa é muito bem organizada estruturalmente em termos defensivos, compacta, joga num espaço de 20, 25 metros , não baixa as suas linhas para dentro da área, começa a pegar [pressionar] na zona do meio-campo, sempre junta, vai baixando sempre junta. Na zona central vai haver uma aglomeração de jogadores, vai-nos criar dificuldades e há que ter a paciência para encontrar os momentos certos do jogo e os espaços que existem. É uma equipa que tem um processo muito simples a atacar, não é só forte nas transições, joga em ataque rápido. Trocam atrás, mas têm sempre na mira a profundidade do jogo.”

jogo 100 e momento mais marcante

“O meu primeiro jogo pela seleção. Nunca haveria 100 se não houvesse o primeiro. Foi realmente o mais marcante de todos. Estar à frente da seleção do meu pai… Esse primeiro dia é sempre emocionante. Lembro-me mal do primeiro jogo na realidade, fez-me uma certa confusão, deve ser dos poucos que não tenho uma ideia clara do jogo. Eu que normalmente tenho memória de elefante, como dizem os meus jogadores, que [dizem que] me lembro de quase tudo. Só me lembro de não ter conseguido cantar o hino, disso lembro-me bem. Foi o jogo mais marcante.”

Mais República Checa

“Vai ser muito desafiante, é um adversário diferente, vai colocar-nos questões completamente distintas. Não é como a Espanha nem Suíça, que são de posse [de bola] e que tentam jogar, assumir, organizar. A República Checa mantém sempre quatro ou cinco jogadores atrás, ataca com cinco. É uma equipa pouco desequilibrada nesses aspetos, [mas] há alguns momentos que se devem explorar. Falei em paciência com objetividade e agressividade para procurar o espaço. O espaço central vai ser difícil de entrar mas também temos de os explorar. Temos de estar muito atentos, não é por mero acaso que venceram a Suíça e empataram com a Espanha.”

Leão sucessor de Ronaldo?

“Dificilmente alguém no futebol vai substituir Cristiano Ronaldo, não é em Portugal, é no mundo. Essas questões nem devem ser colocadas até pelo Rafael Leão. O Rafael Leão tem de ser o Rafael Leão, com as características, qualidades, está aqui porque merece estar aqui. Se está aqui com 21 e 22 anos, como outros jogadores, é porque é e são o futuro da seleção.”

Seis alterações no último jogo. Manter a rotação?

“Temos mais 24 horas [de descanso em relação ao último jogo], são circunstâncias distintas. Setenta e duas horas [de descanso] nesta fase da época criam maior dificuldade de recuperação. Para este vamos ter 98 horas, se fosse assim era tudo mais simples e fácil. Depois vamos ter outro jogo e esse, sim, com 72 horas. A gestão vai ser feita de acordo com aquilo que acho importante e a equipa que deve jogar abordar o jogo com essas características. É nisso que vou pensar, não tanto na gestão. A gestão poderá ser feita, e espero ter a oportunidade, durante o jogo.”