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“Foi o primeiro órgão verdadeiramente compatível. Sem isso, já não teria chegado ao dia seguinte”: Isabel foi salva a horas de morrer

Isabel Bapalpeme já não rezava. Ela que ia religiosamente à igreja — enquanto teve fôlego para isso — estava “zangada com Deus”. Gravemente doente desde 2014 e há anos sinalizada para transplante de pulmão, deixou de acreditar que iria sobreviver. Nos últimos meses, a jovem guineense, de 30 anos, foi ficando cada vez mais frágil, com uma insuficiência respiratória “catastrófica” e totalmente dependente de oxigénio. Depois de vários internamentos, a 16 de setembro o corpo cedeu. Deu entrada nos cuidados intensivos do Hospital de São José, em Lisboa, em estado crítico. Quatro dias depois, quando os médicos já lhe davam poucas horas de vida, apareceu um pulmão.

“Em todo este tempo de espera, foi o primeiro órgão verdadeiramente compatível. Sem isso, já não teria chegado ao dia seguinte”, diz José Fragata, diretor do serviço de cirurgia cardiotorácica e transplantação do Hospital de Santa Marta, em Lisboa, onde trabalha a única equipa que realiza esta intervenção em todo o país. Em Portugal, 15% dos doentes morrem à espera de um pulmão. Foi por milagre que Isabel não se tornou um deles. “A cirurgia foi muito complicada devido ao estado de enorme fragilidade em que já se encontrava”, admite.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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