Portugal
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Mais de metade dos trabalhadores do turismo não quer continuar no sector

A dificuldade de contratação não é o único problema a assombrar o turismo. Mais de metade dos profissionais quer abandonar o sector num horizonte de cinco anos. Salários são um problema, mas não o principal, diz estudo

Tem sido um dos sectores a puxar pela recuperação económica do país no pós-pandemia, mas as bases do turismo são frágeis no que toca à capacidade de atrair e reter profissionais. Nos últimos meses, enquanto aumentava a procura de Portugal como destino turístico de eleição, cresciam também as queixas dos empresários sobre a incapacidade de contratar trabalhadores para o sector, mesmo com aumentos salariais. Mas a dimensão do problema é mais ampla. Um estudo da empresa de trabalho temporário Eurofirms, a que o Expresso teve acesso, destaca que não só é difícil contratar para o ramo da hotelaria e restauração como a maioria dos ­atuais trabalhadores (58%) quer abandonar a área dentro de cinco anos.

O retrato do sector ajuda a explicar as dificuldades que tem atravessado no que à contratação e retenção de profissionais diz respeito. O turismo é conhecido pelos seus horários difíceis, salá­rios baixos e vínculos precários, mas o panorama ganha perspetiva quando se quantificam estes universos. O mesmo estudo da Eurofirms, feito em maio deste ano junto de mais de 500 profissionais colocados no sector, mostra que, embora a qualificação tenha vindo a aumentar, 61% mantêm vínculos precários, 41,8% incapacidade de conciliar a atividade com a vida familiar devido aos horários praticados e mais de metade (54%) leva para casa um salário até €800 brutos mensais.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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