Portugal
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Ministro das Finanças quer reduzir dívida pública para proteger Portugal

Correio da Manhã
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Banco Central Europeu prevê uma inflação anual de 6,8% para 2022 e sobe taxas de juro em 25 pontos base.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, avisou esta quinta-feira que haverá impactos para o Estado com a subida das taxas de juro, anunciadas já para julho pelo Banco Central Europeu (BCE), e aponta a redução da dívida pública como solução para enfrentar esse desafio. O ministro das Finanças falava no dia em que os juros da dívida pública portuguesa atingiram um máximo de cinco anos. Medina garantiu que a redução da dívida pública não terá qualquer impacto no “grande programa de investimento público que assenta fundamentalmente” na execução do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e no “investimento privado, suportado por financiamentos que já estão contratados”.O anúncio da presidente do BCE, Christine Lagarde, de que o BCE iria deixar o programa de estímulos à economia e realizar, pelo menos, duas subidas das taxas de juro (25 pontos base em julho, e provavelmente 50 pontos base em setembro) veio dificultar a execução do Orçamento do Estado para este ano. Medina tem por base uma inflação de quatro por cento, quando o BCE prevê um aumento dos preços de 6,8% até ao final do ano. Esta sexta-feira mesmo a inflação nos Estados Unidos atingiu os 8,6%, afundado os mercados.

Euribor a 6 meses positiva há cinco sessões
A taxa Euribor a 6 meses, a mais utilizada nos créditos à habitação, fixou-se esta sexta-feira nos 0,083%, 0,020 pontos acima da anterior, e está em terreno positivo pela quinta sessão consecutiva. As taxas de juro Euribor estão ligadas às flutuações das taxas de juro diretoras do Banco Central Europeu e, neste caso deverão existir consequências permanentes para créditos à habitação. Já a taxa Euribor a 12 meses encontra-se positiva desde o dia 21 de abril, quando atingiu 0,005%, algo que não se verificava desde 2016. As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses ficaram negativas a 21 de abril de 2015, 6 de novembro de 2015 e 5 de fevereiro de 2016, respetivamente.
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