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Putin acusa os EUA de rebentarem gasodutos que ligam a Rússia à Alemanha

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou, esta sexta-feira, os Estados Unidos e os aliados de rebentar os gasodutos Nordstream, que ligam a Rússia e a Alemanha, revelou a Reuters.

Durante o discurso de anexação de quatro regiões ucranianas invadidas pelas tropas da Rússia, o líder russo acusou os EUA de serem os principais responsáveis pelas fugas inexplicáveis no Mar Báltico e acrescentou que o país norte-americano iria beneficiar com os ataques na infraestrutura energética da Europa.

"As sanções não foram suficientes por isso eles [EUA] decidiram pela sabotagem" disse Putin. "Pode ser difícil de acreditar, mas é um facto de que eles organizaram as fugas no sistema internacional dos gasodutos da Nord Stream".

"Eles começaram por destruir a infraestrutura energética da Europa" acusou o líder russo e acrescentou: "É fácil perceber quem vai beneficiar com isto, mas é claro: quem o fez é quem vai beneficiar".

Os membros da União Europeia, que eram dependentes da gás da Rússia, têm agora tentando encontrar fontes alternativas e acreditam que as fugas foram causadas por sabotagem, mas deixaram de fazer acusações. Neste momento estão a ser asseguradas outras infraestruturas energéticas.

No passado dia 27 de setembro, os controversos gasodutos Nordstream que ligam a Rússia e a Alemanha foram ambos subitamente atingidos por fugas inexplicáveis no Mar Báltico e as autoridades dinamarquesas e suecas levantaram suspeitas de sabotagem.

No dia seguinte ao anúncio de uma fuga no gasoduto paralelo Nord Stream 2, o gasoduto Nord Stream 1 que liga a Rússia à Alemanha foi, por sua vez, afetado por duas fugas de gás muito raras ao largo da ilha dinamarquesa de Bornholm.

Os dois gasodutos, operados por um consórcio do gigante russo Gazprom, não estão operacionais devido às consequências da guerra na Ucrânia. Ambos estavam ainda cheios de gás.

O Kremlin disse que estava "extremamente preocupado" e que não podia ser excluída qualquer possibilidade, incluindo a de sabotagem. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, disse que "é difícil imaginar que tenha sido acidental" e que a sabotagem não deveria ser "excluída".

O operador dos oleodutos, o consórcio Nord Stream, disse que não pôde ver ou avaliar os danos, mas reconheceu a natureza excecional da situação.