Portugal
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Rita Marques apela ao uso de outros aeroportos nacionais enquanto se espera um novo em Lisboa

Um novo aeroporto em Lisboa é "extremamente importante", mas "temos de aguardar uma decisão e até lá o turismo não pode desistir" ou ficar parado, destacou Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, na cimeira que decorre esta terça-feira em Lisboa, promovida pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), sob o tema "O turismo e o novo mundo".

"O aeroporto de Lisboa representa 50% do tráfego aéreo nacional, e temos um potencial extraordinário nos outros 50%", enfatizou Rita Marques, lembrando capacidades existentes em outros aeroportos do país, como o Sá Carneiro, o Gago Coutinho, o de Faro ou das regiões autónomas da Madeira e Açores.

O "repto" de Rita Marques é o de "fazermos todos um esforço para conseguirmos mais turistas para os outros aeroportos que representam 50% da capacidade aérea do país".

"O que já temos feito é trabalhar com todos os aeroportos para captação de rotas, é um trabalho que se faz sem grandes holofotes, mas graças a isso vivemos em Portugal uma retoma aérea acelerada, em que estamos apenas a 10% das métricas em conectividade e passageiros desembarcados face ao pré-covid", salientou a secretária de Estado do Turismo.

Sobre o desafio de suprir "45 mil a 50 mil trabalhadores" que faltam no turismo, também através de acordos de mobilidade com países da CPLP anunciados por António Costa, Rita Marques realçou a "responsabilidade que temos de acolher bem esses trabalhadores", em particular a nível de "condições de habitabilidade".

"As condições remuneratórias têm de ser revistas, temos todos de ter as melhores condições possíveis para receber estes trabalhadores que provirão de outras geografias", reiterou.

Rita Marques salientou que os empresários do sector já têm à disposição 2 mil milhões de euros para poderem investir, em particular com o foco "na sustentabilidade e inovação".

"Este sector foi altamente fustigado durante a pandemia, poucos acreditaram que pudesse ressurgir, e aqui estamos", salientou a secretária de Estado do Turismo, frisando ainda que no "mundo incerto" que se perfila, "o turismo tem mais uma oportunidade, como em qualquer crise, de mostrar que continua a ser uma máquina da nossa economia".