O aviso de Moscovo surgiu quando os países europeus começaram a investigar as fugas, até ao momento inexplicáveis, em dois gasodutos russos, sob o Mar Báltico, que apresentavam risco de explosão e de afundamento de navios que entrassem na área. Este é um dos vários avisos emitidos por Putin e os seus aliados, ao longo das últimas semanas.
Desta vez, Medvedev foi mais longe e disse que a aliança militar da NATO não arriscaria uma guerra nuclear e não viria em auxílio de Kiev, mesmo que Moscovo atingisse a Ucrânia com armas nucleares."Acredito que a NATO não interferiria diretamente no conflito, mesmo neste cenário", disse Medvedev numa publicação feita na sua conta oficial do Telegrama.
A Ucrânia já respondeu e disse que não se vai deixar influenciar pelas ameaças nucleares de Moscovo, nem pelos votos de anexação realizados território ucraniano e que vai prosseguir com o plano de retirada à Rússia de todas as terras ocupadas."Mesmo que estejamos assustados, temos realmente alternativa à continuação da libertação do nosso território? Mais uma vez: a guerra só pode terminar de uma forma: ou a Ucrânia ou a Rússia perde. Acreditamos que a guerra só pode terminar quando conseguirmos libertar o nosso território nas fronteiras internacionalmente reconhecidas em 1991. É isso, não existem outros cenários", disse o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, esta terça-feira.
O confronto de Moscovo com o Ocidente provocou o aumento da inflação global e agravou as crises energéticas e alimentares em muitos países, desde a invasão à Ucrânia, a 24 de fevereiro, e que levou a duras sanções ocidentais e a medidas de retaliação russas.