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Rússia faz nova ameaça nuclear e Ucrânia responde que não se vai deixar influenciar por ameaças de Moscovo

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e aliado de Vladimir Putin, Dmitry Medvedev, emitiu uma nova ameaça nuclear contra a Ucrânia e o Ocidente, esta terça-feira, quando a Rússia começou a divulgar os resultados dos referendos que projetam anexar ao país quatro regiões ucranianas.

O aviso de Moscovo surgiu quando os países europeus começaram a investigar as fugas, até ao momento inexplicáveis, em dois gasodutos russos, sob o Mar Báltico, que apresentavam risco de explosão e de afundamento de navios que entrassem na área. Este é um dos vários avisos emitidos por Putin e os seus aliados, ao longo das últimas semanas.

Desta vez, Medvedev foi mais longe e disse que a aliança militar da NATO não arriscaria uma guerra nuclear e não viria em auxílio de Kiev, mesmo que Moscovo atingisse a Ucrânia com armas nucleares.

"Acredito que a NATO não interferiria diretamente no conflito, mesmo neste cenário", disse Medvedev numa publicação feita na sua conta oficial do Telegrama.

A Ucrânia já respondeu e disse que não se vai deixar influenciar pelas ameaças nucleares de Moscovo, nem pelos votos de anexação realizados território ucraniano e que vai prosseguir com o plano de retirada à Rússia de todas as terras ocupadas.

"Mesmo que estejamos assustados, temos realmente alternativa à continuação da libertação do nosso território? Mais uma vez: a guerra só pode terminar de uma forma: ou a Ucrânia ou a Rússia perde. Acreditamos que a guerra só pode terminar quando conseguirmos libertar o nosso território nas fronteiras internacionalmente reconhecidas em 1991. É isso, não existem outros cenários", disse o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, esta terça-feira.

O confronto de Moscovo com o Ocidente provocou o aumento da inflação global e agravou as crises energéticas e alimentares em muitos países, desde a invasão à Ucrânia, a 24 de fevereiro, e que levou a duras sanções ocidentais e a medidas de retaliação russas.