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Um passo importante para a indústria aeronáutica elétrica: foi testado o 'taxi voador' VX4

A startup britânica Vertical Airspace realizou ontem com sucesso um voo de teste para o seu protótipo VX4, um chamado “táxi voador”, naquele que é considerado um passo importante para a afirmação da indústria aeronáutica elétrica. O VX4, descola, voa e pousa apenas com recurso a energia elétrica, daí a reação esperançosa de muitas companhias aéreas, que vêm nesta proposta uma avenida para expandir o seu negócio e uma forma de reduzirem as emissões de carbono associadas ao transporte aéreo.

A American Airlines, companhia aérea norte-americana, já pagou pela pré-entrega de 50 VX4 e está a espera de outros 200, avança o site Insider. A estratégia em que se baseia a compra é simples: ganhar uma vantagem inicial no mercado dos táxis voadores, para muitos o futuro do transporte aéreo de curta-duração.

De modo a alcançar o objetivo de eliminar o impacto ambiental da indústria da aviação até 2050, veiculado em 2021 pela Associação Internacional de Transportes Aéreos, será necessária uma enorme quantidade de aeronaves elétricas - e a Vertical Airspace produz uma das mais avançadas atualmente.

O primeiro passo passa pelo transporte aéreo de curta-duração, entre dois locais na mesma cidade ou entre cidades próximas, por exemplo, o que hoje é feito sobretudo por helicópteros. O VX4 - que pertence a uma categoria de aeronave habitualmente designada pela sigla inglesa eVTOL (“electric vertical take-off and landing” - veículos de descolagem e aterragem Vertical, em tradução livre) - é mais rápido, chegando a velocidades de 320 quilómetros por hora, mais ecológico e menos barulhento que um helicóptero, afirma a empresa. Nas suas viagens, pelo menos inicialmente, poderá levar 5 passageiros, incluindo o piloto, e fará distâncias máximas de 96 quilómetros.

O voo de teste visou determinar se a aeronave consegue levantar-se e suster o seu próprio peso e durou 10 minutos, tempo durante o qual o VX4 planou a aproximadamente 1 metro do chão. Como foi pilotado por um humano, e não remotamente, necessitou de uma autorização oficial da Civil Aviation Authority, a autoridade reguladora de aviação do Reino Unido. Este facto é relevante, já que nenhum veículo eVTOL foi ainda certificado pelas autoridades competentes. Nesse sentido, a Vertical Airspace disse ao Insider que espera ter o VX4 certificado até 2025.

No Twitter, a startup sublinhou que este teste foi um “marco importante”.

Texto de José Neves, editado por Mafalda Ganhão