Transferir competências não é a mesma coisa que partilhar competências. O centralismo do poder em Portugal não se combate dando dinheiro às autarquias para fazer aquilo que o Estado central já não quer fazer
Marcelo Rebelo de Sousa não hesitou em chamar-lhe um “acordo histórico”. A ministra Ana Abrunhosa foi pelo mesmo caminho e apelidou-o de “reforma gigantesca”. O Acordo de Descentralização assinado entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) foi ainda catalogado como um dos grandes feitos dos últimos 48 anos de democracia, para voltar a citar o Presidente da República. O documento deu à luz a 22 de julho e desde então não passou um único dia sem que aumente a contestação ao dito “acordo histórico”. Silva Peneda chamou-lhe uma “salgalhada”. E, é. Uma salgalhada.
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