Portugal
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Vigílias e uma manifestação silenciosa assinalam oposição à eutanásia

Seis vigílias em seis cidades esta quarta-feira à noite e uma manifestação silenciosa na quinta-feira às 13h, frente ao Parlamento. É assim que se irá manifestar a oposição à morte medicamente assistida, cuja legalização será aprovada na generalidade esta quinta-feira pela terceira vez.

"A legalização da eutanásia, contra a opinião dos especialistas e contra a vontade da sociedade, é um ato de despotismo de alguns partidos, que procuram impor a eutanásia a Portugal. Já não há palavras para descrever a arrogância dos defensores da morte a pedido, que impõem pelo poder aquilo que os especialistas recusam", lê-se no manifesto lançado pela Federação Portuguesa pela Vida (FPV) a convocar a manifestação de quinta-feira.

As vigílias são convocadas por núcleos da FPV em vários distritos e por outras associações. Em Coimbra decorre em frente à Câmara Municipal e os participantes são convidados a levar uma t-shirt branca. Em Braga, está convocada paras as 21h30, no Largo de S. João do Souto. Em Aveiro, a convocatório é para a mesma hora, na Praça da República. Em Viseu, decorre no Rossio, a partir das 21h15. Em Almada, começa às 21h, na Praça S. João Batista. E em Lisboa também começa às 21h, frente à Assembleia da República.

Se os manifestantes de Coimbra e de Braga são convidados a levar umaT-shirt branca, já na manifestação de quinta o apelo é para o uso de roupa preta. E para o silêncio. No manifesto, a FPV lembra que esta será a 11ª vez que a AR discute a legalização da eutanásia. "A Assembleia da República em 11 tentativas (já levadas a votação) não conseguiu produzir um único projeto de lei que merecesse um parecer ou decisão positiva por parte dos especialistas. Fica claro que o problema não é formal, mas material: não é possível fazer uma lei boa para um acto errado", escreve esta associação.

Médicos que pratiquem eutanásia livres de processos disciplinares

Política

A legalização da eutanásia foi aprovada pela primeira vez em janeiro de 2021. Mas o Tribunal Constitucional apontou algumas inconstitucionalidades e, consequentemente, Marcelo Rebelo de Sousa devolveu o diploma aos deputados e o Parlamento voltou a discutir e aprovar a lei a 5 de novembro . Contudo, o Presidente da República entendeu usar o veto político para essa versão. Como a dissolução do Parlamento já estava anunciada, os socialistas remeteram o regresso ao assunto para a nova legislatura.

Agora, a FPV também critica o que considera ser a pressa do PS em aprovar esta lei. "Será votado sem audições públicas, sem pareceres, sem sequer ter havido qualquer simulacro de debate. O Partido Socialista procura aprovar aquela que é provavelmente a lei mais grave desta legislatura no meio de um total silêncio", escrevem os opositores à eutanásia, lembrando que, nos processo legislativos anteriores, todos os projetos tiveram parecer negativo do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Enfermeiros e da Ordem dos Advogados.