Jornal GGN – A carta enviada pelo presidente Jair Bolsonaro a Joe Biden na última semana, por ocasião da posse na presidência dos Estados Unidos, não basta para promover as relações entre os dois países.
Para especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo, o Brasil precisará adotar medidas mais concretas caso queira se alinhar ao governo de Biden. “A carta foi importante e necessária. Mostra que o governo Bolsonaro entendeu que Joe Biden é o presidente dos Estados Unidos. É um movimento bom, mas demorou”, afirma Tom Shannon, que atuou como embaixador americano no Brasil durante parte do governo de Barack Obama.
Na carta, Bolsonaro destacou o relacionamento mantido entre Brasil e Estados Unidos e sinalizou uma parceria para proteção do meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entretanto, o tom adotado vem após a demora em reconhecer a vitória de Biden (o Brasil foi o último dos países do G20 a parabeniza-lo), aliado à insistência no apoio e nos sinais de admiração a Donald Trump, além de falas que contrariam o governo democrata, principalmente com relação ao meio ambiente.
Bolsonaro sempre adotou posições alinhadas com as adotadas na gestão Trump, e que devem ser refutadas no mandato de Biden, como a saída da aliança conservadora da qual o Brasil faz parte com outros 31 países que defendem políticas contra o acesso ao aborto. Além disso, os Estados Unidos não irão se retirar da OMS (Organização Mundial da Saúde) e sinalizaram que darão apoio aos direitos reprodutivos das mulheres no mundo.
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