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Guedes reitera Bolsonaro e sinaliza que governo não dará reajuste a servidores

Com o prazo se esgotando para reajuste salarial, o ministro Paulo Guedes (Economia), admitiu, pela primeira vez, nesta quinta-feira (9), que o governo federal "não conseguiu" dar reajuste aos servidores federais neste ano. 

"O governo federal não conseguiu dar aumento de salários, mas reduziu impostos para 200 milhões de brasileiros, ao invés de ajudar só o funcionalismo, que ajudou nessa guerra. Logo ali na frente, vai ter aumento para todo mundo, vamos fazer reforma administrativa. Mas agora está em guerra também", afirmou Guedes, ao participar por videoconferência da 2ª edição do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

O ministro está em Paris, onde vai participar de encontro anual do Conselho da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

De acordo com as regras aplicadas à Lei de Responsabilidade Fiscal para anos eleitorais, o prazo máximo para conceder aumento de salários do funcionalismo vai até o fim deste mês. 

A declaração de Guedes ocorre dois dias depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) afastou a possibilidade do reajuste para os servidores federais. Na terça-feira (7), o presidente disse, em entrevista ao SBT, que os reajustes e reestruturações de carreiras vão constar no Orçamento de 2023.

"Pelo que tudo indica, não será possível dar nenhum reajuste para servidor no corrente ano. Mas já está na legislação nossa, a LOA [Lei Orçamentária Anual], de que para o ano que vem teremos reajustes e reestruturações”, declarou Bolsonaro.

Nas articulações para o Orçamento de 2022, em dezembro de 2021, o presidente conseguiu reservar R$ 1,7 bilhão para reajuste e reestruturação de carreira da segurança pública.

A promessa aos policiais inflamou os ânimos das categorias não contempladas, que desde o início deste ano pressionam com paralisações e greves, como os servidores do Banco Central, da Receita Federal e do Tesouro Nacional.

Diante desse embaraço, a equipe de Guedes acenou com um aumento linear de 5%, calculado em R$ 6,3 bilhões do Orçamento. O reajuste baseado na inflação acumulada até julho foi considerado irrisório pelos sindicatos que representam os servidores, incluindo os policiais.

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