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Sem baixa autoestima

Imagem: AGORA com Vanzeli Sem baixa autoestima

Copérnico foi um chato. Ele apontou o dedo para o sol e disse: “ali está o centro de nosso sistema planetário”. Perdemos nossa importância cósmica. Num momento, deixamos de ser protagonistas no universo para nos tornarmos meros figurantes no palco heliocentrista que surgia. Pior ficou quando Carl Seagan apontou a câmera fotográfica para a Terra a partir de Saturno, por onde passava a sonda Voyager 1. Nosso planeta era um “pálido ponto azul” (a pale blue dot, em inglês), ele disse, que acabou sendo o título de um poema fabuloso que escreveu.

Talvez porque reconheçamos nossa insignificância é que temos tanta necessidade de reafirmarmos nossa importância. Criamos títulos, posições, hierarquias na esperança de que qualquer coisa dessas nos retire a infâmia de nossa pequenez. Somos extremamente pequenos, frágeis, mortais. E justamente nessa insignificância repousa a grandeza de Deus: Ele se preocupa conosco, a despeito de nossa total incapacidade de devolver-Lhe qualquer espécie de carinho.

Perguntarão: “Deus existe?”. Claro que não! As coisas existentes são passageiras. Uma cadeira existe para depois se tornar pó, e perder, assim, a própria existência. O mar existe só para virar deserto através das eras geológicas. A luz existe até que sua fonte se apague. Deus não existe. Deus é! Ele simplesmente é! Sempre foi, é e será! Não tem princípio ou fim de dias. Ele é, somente.

Ele trouxe à existência tudo que há a partir do nada. Nada havia, senão Deus, quando cada galáxia e cada átomo surgiram. Eu invejo a fé dos ateus. Realmente, é preciso muito dela para se acreditar que o universo surgiu de uma explosão e que nada somos, senão poeira estelar tomando consciência de si própria. O universo é matematicamente preciso demais para não existir uma “mão criadora”, um “arranjador cósmico”, que a tudo pôs no seu próprio caminho.

E como é que pode um ser tão alto (gosto muto de chama-Lo de “Altíssimo”) descer a nosso nível só para nos escutar a prece? No meio do cosmos tão imenso, ainda Lhe chamamos a atenção. Só tem um nome para isso: amor! Sim, Ele nos ama! Não é incrível isso? Acho particularmente absurdo, mas Ele nos ama. E levou Seu amor a níveis inconsequentes e irresponsáveis, enviando Seu único Filho para morrer em uma cruz por nós.

Por favor, não pense que estou procurando catequisar você, querido leitor. Tampouco busco fazer prosélitos com esse texto. O que quero é que você, ao lê-lo, sinta-se amado por Deus. Sim, você é pequenininho, mas incrivelmente precioso para Deus. Foi desse modo que resolvi um grande problema que tinha, a baixa autoestima. Sempre me achava feio, burro, incapaz, inferior ao outros. Quando, porém, esse amor inefável, indizível, intraduzível em palavras me alcançou, passei a me sentir muito especial.

E, se você permitir, Ele vai lhe dar essa mesma sensação e descobrirá, afinal, que é muito importante para todo o universo! Sinta-se especial, pois. É só querer e deixar Deus entrar em sua vida e coração. Jesus disse: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”. Que tal abrir essa porta? Ele entrará e saciará sua alma para sempre, como fez comigo e com bilhões de irmãos em toda história humana. É que Ele é inesgotável.