Portugal
This article was added by the user . TheWorldNews is not responsible for the content of the platform.

Falta de médicos encerra urgências de obstetrícia de hospitais de Lisboa

As urgências de obstetrícia e ginecologia dos hospitais de São Francisco Xavier, em Lisboa, Beatriz Ângelo, em Loures, e Hospital de Setúbal estarão encerradas em diferentes períodos durante este fim de semana.

Foram identificadas, pela Administração-Regional da Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, falhas nas escalas dos obstetras e ginecologistas de vários hospitais. As pacientes vão ser encaminhadas para outros hospitais da região.

Um em cada três hospitais do SNS não faz abortos: há distritos inteiros onde o acesso falha

Sociedade

Em comunicado, a ARS Lisboa e Vale do Tejo assume que "apesar de todos os esforços desenvolvidos, não foi possível ultrapassar os constrangimentos no funcionamento de alguns serviços de Obstetrícia/Ginecologia da Região, que irão ocorrer entre o final do dia de hoje (10 de junho) e o final do dia de segunda-feira (13 de junho), período de feriados".

Entre as 20h desta sexta-feira, 10 de junho, e as 8h da amanhã de dia 11 de junho, sábado, o Serviço de Urgência de Ginecologia/Obstetrícia do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, que integra os hospitais São Francisco Xavier, Egas Moniz e de Santa Cruz, "será assegurando pelo Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) e pelo Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC)", diz o mesmo comunicado.

Mas os constrangimentos vão manter-se nas escalas durante todo o fim de semana. E prova disso é o hospital Beatriz Ângelo, que "entre as 8h de sábado e as 8h de segunda-feira terá a urgência encerrada, "sendo os atendimentos assegurados pelos restantes hospitais da região".

A urgência do Hospital de Setúbal apresentou esta sexta-feira problemas devido a "uma situação de doença imprevista de um especialista, que não foi possível substituir", diz a ARS de LVT.

Grávida perde bebé por falta de obstetras no hospital das Caldas da Rainha. Houve “constrangimentos impossíveis de suprir”, diz ministério

Sociedade

A notícia surge no seguimento de uma grávida ter perdido o bebé no Hospital das Caldas da Rainha na noite de quarta-feira, no seguimento de uma cesariana de urgência, feita depois de algum tempo de espera, à qual o bebé não resistiu.

"Alegadamente por falta de médicos" para a urgência de obstetrícia e ginecologia naquele hospital.

O acontecimento levou a Ordem dos Médicos a admitir existir falta de médicos desta especialidade para manter as escalas de urgência completas 24 horas por dia e sete dias por semana. A lacuna acontece em vários hospitais da zona de Lisboa.

Acerca do caso, que vai ser investigado, a DGS já admitiu ter "conhecimento de que, por constrangimentos na escala de ginecologia obstetrícia, impossíveis de suprir, a urgência externa do Centro Hospitalar do Oeste estava desviada para outros pontos".