
TIAGO PETINGA/LUSA
A nível nacional, os operadores da rede ferroviária alertam para a degradação das condições de circulação e apontam o dedo à Infraestruturas de Portugal por não corrigir os percursores de acidentes identificados
Na última avaliação feita pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) sobre o sistema ferroviário do país, a CP indicou que as linhas de Cascais e do Vouga são as que apresentam piores condições para circulação.
Segundo o "Público", numa escala de 1 a 4, as duas linhas foram classificadas com o valor mais baixo. São, por isso, as que provocam maior insatisfação ao operador, que neste caso é a CP. Já as que mereceram notas mais altas na escala foram as linhas de Sintra, onde opera a CP, e da Cintura, onde opera a Fertagus, Medway e Takargo.
Não só a CP, mas também outros operadores como a Fertagus e a Medway, consideram que pagam um valor muito elevado à Infraestruturas de Portugal, responsável pela rede ferroviária. As operadoras têm de pagar uma portagem ferroviária e a AMT destaca que a insatisfação com a tarifação é "comum a todos os operadores".
Já sobre a segurança, o documento refere que, "tendo em conta a degradação das condições de circulação em inúmeros troços, e tendo os operadores identificado os precursores de acidente, os mesmos não terão sido corrigidos pela IP no âmbito da sua função de manutenção".