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Luís Marques Mendes na SIC: "António Costa diz uma coisa mas faz o seu contrário",

"Nem o ministro da Economia acredita nas intenções de António Costa", afirmou este sábado Luís Marques Mendes, no seu espaço habitual de opinião na SIC Notícias. O comentador referia-se ao apelo que António Costa tem dirigido aos empresários para que, em quatro anos, aumentem os salários em 20 por cento.

"Toda a gente concorda. A questão é como se faz", disse Marques Mendes, notando que "o Governo diz às empresas para aumentar os salários, mas o Governo, aos da função pública, aumenta-os no mínimo dos mínimos, em 0,9 por cento".

"[António Costa] diz uma coisa mas faz o seu contrário, porque para aumentar os salários nas empresas é preciso mais crescimento económico e maior produtividade. Para isso era preciso haver novas políticas. Mas o primeiro-ministro não anunciou nenhuma política nova", criticou o ex-presidente do PSD, para quem o tema dos salários é uma "manobra de diversão política" que visa evitar a questão da subida dos preços e da perda do poder de compra.

"Outra forma de ajudar os salários a crescer está nas mãos do Governo: baixar a carga fiscal sobre o trabalho", o que não tem acontecido "há quatro anos consecutivos" em Portugal, segundo a OCDE.

A subida dos preços não podia deixar de contemplar os dos combustíveis, e neste particular Marques Mendes comparou Portugal a Espanha, concluindo que deste lado da fronteira "os combustíveis são genericamente mais caros" e, nalguns casos, "as diferenças são significativas".

Espanha, frisou o comentador, "dá aos seus automobilistas um bónus que em Portugal não existe, de 0,20 cêntimos por litro, tanto no gasóleo como na gasolina". Essa "é uma opção política", que o Governo de Pedro Sánchez, esta semana, "renovou sine die, até existir a guerra". "O Governo espanhol tomou medidas sólidas", frisou Marques Mendes.

Tal não se pode dizer do português, pelo menos no que se refere à saúde, "o caso de desorientação mais preocupante". "Se a ministra da Saúde não começa a remodelar o SNS para estancar esta degradação, vai acabar ela própria remodelada mais tarde ou mais cedo", disse o comentador. Referia-se especialmente à circunstância de "só no sul do país" haver 12 hospitais com serviços encerrados.

O único ponto positivo que Luís Marques Mendes encontra é o da vacinação, assunto no qual "a DGS andou bem" tanto nas mudanças quanto no calendário das mesmas.