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Homem é infectado por bactéria da 1ª Guerra Mundial, perde músculos por necrose e quase morre

Um homem sueco de 64 anos contraiu uma bactéria enquanto praticava jardinagem e a infecção o levou a perder parte dos músculos das pernas e das costas. O caso foi reportado no periódico International Journal of Surgery Case Reports e mostra que a infecção pela bactéria Clostridium septicum, se não tratada, pode levar à morte.

As infecções pelas bactérias do gênero Clostridium são conhecidas por gerar gangrenas gasosas, quadro desenvolvido pelo paciente e que, segundo o Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, o diagnóstico foi a principal causa de mortes de feridos durante a Primeira Guerra Mundial.

De acordo com o tabloide britânico Daily Mail, os médicos que atenderam o caso suspeitam que o homem tenha sido infectado a partir de um corte acidental em arame farpado, mas consideram, também, a possibilidade de a bactéria ter se infiltrado no organismo através de uma ferida psoriática do paciente.

O homem, então, teria buscado ajuda médica após passar oito horas com febre e dores ao lado esquerdo de seu corpo. Sua entrada hospitalar detectou batimentos e respiração alterados, e um exame físico mostrou extrema sensibilidade ao lado referido no corpo do homem.

Segundo o Manual MSD, a gangrena gasosa é um quadro caracterizado pela formação de bolçhas de gás, produzido pela bactéria, na área infectada. O quadro é acompanhado por febre, frequência cardíaca e respiratória aceleradas, e dor local.

O diagnóstico exige exames de imagem ou cultura e uma amostra obtida do tecido infectado, e o tratamento é feito com altas doses de antibióticos, além da remoção do músculo atingido e/ou morto.

Depois de constatado que o homem não passara por nenhum trauma, os médicos o encaminharam para uma TC (tomografia computadorizada), que detectou fluídos e gás ao redor de um músculo que conecta as costas e as pernas.

Antes de ser submetido a alguma cirurgia, os responsáveis decidiram medicá-lo com antibióticos e observar, sendo levado para outra TC depois de duas horas e meia. O segundo exame mostrou uma piora dos sinais vitais e um aumento dos gases e fluídos no local infectado.

Nesta ocasião, o paciente sueco necessitou de seis cirurgias para a retirada total das áreas afetadas, além de um longo período de permanência na UTI Hospital Vrinnevi, em Norrköping.

Entre as operações, os médicos optaram por não fechar a ferida, de modo a combater a bactéria pelo contato com o oxigênio, que seria tóxico e regrediria os avanços da infecção.

Em sua estadia de 135 dias no hospital, o homem chegou a passar, também, por uma parada cardíaca e por um vazamento interno de um dos tubos que transporta a urina do rim para a bexiga.

Embora tenha sido liberado, o paciente foi encaminhado para um lar de cuidados a idosos, dado que, ao tentar retornar para casa, conseguiu caminhar apenas 20 metros e com auxílios.

R7