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133 famílias do Príncipe podem chegar este ano a Terra Prometida

Terra Prometida, é o nome do maior projecto de reassentamento da população, em São Tomé e Príncipe e até mesmo na região da África Central.

No total, 600 habitantes da antiga sanzala da roça Sundy na ilha do Príncipe, vão ser transferidos para uma nova aldeia que começou a ser construída no ano 2018.

Num comunicado divulgado pelo Governo regional do Príncipe na quarta – feira, Filipe Nascimento o Presidente do Governo Regional, garante que 2023 é o ano decisivo para a conclusão do projecto.

Um projecto que pretende promover o desenvolvimento sustentado dos 600 habitantes, e que envolve vários parceiros. Para além dos governos regional e central, a edificação da Terra Prometida conta com a participação da empresa HBD, a concessionária da roça Sundy, e a UN-HABITAT.

 O governo regional do Príncipe, anunciou nesta quarta-feira, que recebeu no seu gabinete na cidade de Santo António, uma missão da UN-HABITAT, liderada por Matias Spaliviero, chefe do escritório da UN-HABITAT para África.

«Este alto responsável do Programa das Nações Unidas para Reassentamento Humano foi recebido pelo Presidente do Governo Regional, Filipe Nascimento, com quem discutiu os preparativos para visita da Diretora executiva da UN-HABITAT ao Príncipe prevista para agosto deste ano», refere o comunicado do Governo regional do Príncipe.

O Governo regional do Príncipe, apresentou vários factores que contribuíram para o atraso na construção da Terra Perdida. O naufrágio do navio Anfitrit, cortou a ligação marítima entre as duas ilhas, e o transporte de materiais de construção. A COVID-19, provocou maior isolamento da ilha, e a crise energética e alimentar que eclodiu com a guerra na Ucrânia complicou mais a situação.

Mas 2023, abre novas oportunidades, para chegar a Terra Prometida. «Após a reunião com a missão da UN-HabitatFilipe Nascimento reuniu o comité de implementação do Projeto, que integra os parceiros Governo Regional, a empresa HBD, UN-HABITAT e o comité de representantes da Comunidade. Reunião onde a questão foi aflorada e discutida num quadro de uma abordagem participativa e de concertação para a conclusão do projeto», frisa o comunicado do Governo regional.

Os sucessivos atrasos na conclusão da obra de construção das casas, e de outras infra-estruturas sociais para a nova aldeia alimentaram o cepticismo no seio dos moradores da sanzala da roça Sundy. Como os cristãos rebelaram-se contra Moisés, segundo a Bíblia Sagrada, na caminhada para a Terra Prometida, assim muitos moradores da roça Sundy, deixaram de acreditar na promessa de habitarem uma nova terra(aldeia), que emana pão e mel(fartura).

No entanto o Governo Regional do Príncipe, garante que as obras de construção das casas estão perto do fim. A rede eléctrica já foi instalada, e segundo Filipe Nascimento, já há financiamento para a instalação do sistema de adopção e distribuição de água para a Terra Prometida.

Escolas, jardins de infância, e igrejas também vão ser erguidas na Terra Prometida. Para ganhar o pão de cada dia, o governo do Príncipe diz que vai distribuir lotes de terra para os futuros moradores da Terra Prometida.

Abel Veiga