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Evaristo Carvalho recebeu Pinto da Costa antes da morte

Primeiro Presidente de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, que regressou ao cargo no ano 2011, acabou por ter Evaristo Carvalho como seu sucessor no ano 2016 como Presidente da República.
Pinto da Costa diz que a trajectória política e social de Evaristo Carvalho faz do seu sucessor uma biblioteca viva de São Tomé e Príncipe.

«Como militante do MLSTP, foi dirigente do partido, membro do bureau político e do comité central do partido», relatou Manuel Pinto da Costa.

Evaristo Carvalho era um dos seus camaradas. «Conheci o Presidente Evaristo Carvalho em 1975» precisou.
Membro do movimento de libertação nacional, Evaristo Carvalho, fica na história da fundação da República Democrática de São Tomé e Príncipe.

«Antes da Independência, o Presidente Evaristo Carvalho participou numa delegação que foi assinar o acordo de Argel», frisou.

Note-se que foi o Acordo de Argel, que consagrou a independência da República Democrática de São Tomé e Príncipe. Um político, que trabalhou no sistema de justiça, é que participou também na promoção da democracia pluralista.

«Nos anos 80 ele decidiu sair do MLSTP, e participou na formação do novo partido que foi o PCD. Foi a forma que ele teve de dar maior contribuição ao país, ….e as nossas relações continuaram a ser as mesmas», referiu Manuel Pinto da Costa.

Um homem competente e activo. É assim que Pinto da Costa define Evaristo Carvalho. «Foi meu director de gabinete na primeira república. Um homem activo e competente. Foi também director de gabinete do Presidente Miguel Trovoada», acrescentou.

No mês de Maio, e alguns dias antes de ser transferido de urgência para tratamento em Portugal, Evaristo Carvalho recebeu Manuel Pinto da Costa. Ambos fizeram um pequeno balanço das batalhas que travaram até 2022, em prol do progresso de São Tomé e Príncipe.

«Fui visitar o Presidente Evaristo quando soube que ele estava no hospital. Tivemos 2 horas de conversa. Durante este tempo eu disse a ele… Evaristo vamos fazer uma análise. O quê que nós fizemos de bom e bem?..O quê que fizemos de errado? Vamos fazer essa análise toda para vermos se damos uma contribuição para a nova geração não cair nos mesmos erros».

Segundo Manuel Pinto da Costa, a conversa tida no hospital central Ayres de Menezes evoluiu, e permitiu aos dois chegaram a conclusão de que o maior problema que o país tem e teve sempre, é a falta de entendimento.

«Porque as pessoas da ADI, têm que se entender com as pessoas do MLSTP e vice-versa. E as do PCD com as da UDD e vice-versa», anuunciou Pinto da Costa em termos de conclusão da conversa.

Os dois políticos e combatentes pela liberdade da Pátria são-tomense, concluíram também que «no fundo não há diferença ideológica em nenhum de nós, e nenhum de nós tem programas muito diferente dos outros. Estamos condenados a nos entender», pontuou, Manuel Pinto da Costa.

Este fim de semana, São Tomé e Príncipe despede-se de Evaristo Carvalho.

Abel Veiga