O governo começou a implementar as medidas de austeridade, para recuperar a situação económica e financeira.
Gareth Guadalupe(na fotoi), Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, anunciou também um conjunto de medidas para conter o aumento do custo de vida das famílias.
Dentre as medidas de contenção do custo de vida, o ministro da presidência do conselho de ministros, anunciou a isenção total dos direitos aduaneiros, incluindo os emolumentos e as taxas portuárias na importação dos produtos alimentares.
Leite, feijão, arroz, farinha de trigo, óleo alimentar, açúcar, esparguete, sal, sabão e produtos de higiene feminina, estão na lista das medidas de isenção. O objectivo segundo o ministro é permitir que os referidos produtos sofram uma redução dos preços no mercado.
«Fixar em 10% o lucro dos produtos identificados, de forma a garantir que o preço ao consumidor reflicta essas isenções», precisou Gareth Guadalupe.
Arroz ofertado pelo Japão, é uma das prioridades do executivo para conter a subida do custo de vida. O governo baixou de 17 para 15 dobras a venda do arroz para os comerciantes grossistas.
O Ministro da Presidência avisou que é uma forma de alargar a margem de lucro dos comerciantes, e evitar que o cereal seja vendido a preço superior a 20 dobras, o quilo, cerca de 82 cêntimos do euro.
Ao mesmo tempo o governo avançou com as medidas de austeridade. Um novo escalão do IRS vai ser criado, para incidir sobre o rendimento mensal dos são-tomenses.
Para o cidadão que tem um rendimento mensal que varia entre 20 mil e 35 mil dobras (cerca de 1.400 euros), o governo vai reter 25% do valor. O rendimento superior a 35 mil dobras, sofre uma retenção de 30%. Segundo o ministro da presidência, o executivo vai propor a Assembleia Nacional a criação do novo escalão do IRS.
Quem tem rendimento superior a 50 mil dobras, cerca de 2 mil euros, também é alvo de impostos.
«Todo mundo que tem um rendimento bruto acima de 50 mil dobras, nós vamos propor a Assembleia Nacional a retenção de 20% deste rendimento», explicou Garrett Guadalupe.
As taxas aduaneiras para os produtos considerados prejudiciais a saúde vão ser agravadas, assim como a taxa de importação de viaturas novas.
Abel Veiga