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OMS lançou nova estratégia para Saúde em STP

A estratégia que vai de 2023 à 2027 reafirma o compromisso da OMS de apoiar São Tomé e Príncipe na concretização das metas nacionais no sector da saúde.

Francoise Bigirimana, representante da OMS revelou números preocupantes da situação de saúde no país. Com base no relatório da OMS emitido no ano 2021 mais de 54% das famílias santomenses não conseguiram comprar medicamentos.

«Não existe sistema de protecção social para a população, e que contribua para suportar as despesas com a saúde», afirmou Francoise Bigirimana.  

Para projectar São Tomé e Príncipe no cumprimento da meta do objectivo de desenvolvimento sustentado, Saúde, a OMS definiu o plano estratégico de 5 anos avaliado em mais de 10 milhões de dólares.

Celsio Junqueira ministro da saúde, trabalho, e assuntos sociais, disse que para além de acelerar a caminhada de São Tomé e Príncipe para a meta dos objectivos de desenvolvimento sustentável, o plano estratégico vai consolidar a cobertura universal da saúde no país.

«Não se esquecendo do acompanhamento da situação sanitária tanto no país, como nas regiões sanitárias em estamos inseridos», destacou o ministro da Saúde.

O acesso ao serviço de saúde de qualidade, a emergência em saúde pública, o reforço das capacidades e dos regulamentos sanitários internacionais, a  melhoria da saúde e bem estar da população residente em São Tomé e Príncipe, o financiamento da saúde onde se prevê caminhar para a cobertura universal de saúde, a institucionalização das contas nacionais de saúde, a melhoria da qualidade dos recursos humanos no sector de saúde, são as grandes prioridades inscritas no plano estratégico da OMS para os próximos 5 anos.

Eric Overest, Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas no país, também interveio para reconhecer que as estratégias da OMS estão alinhadas com o novo quadro de cooperação das Nações Unidas, para o período 2023-2027, que visa atingir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável 2030.

Segundo a OMS, São Tomé e Príncipe se confronta com um problema muito grave que são as doenças não transmissíveis. As diabetes, as doenças cardiovasculares, a hipertensão arterial que depois provoca o AVC.  Mas também os casos de cancro, de traumatismo craniano, foram indicados como estando em franca expansão.

Através da informação para saúde, a OMS acredita que muitos casos das doenças não transmissíveis poderão ser evitados. «Aqui em São Tomé e Príncipe há custo de saúde que é coberto pelo Estado, por exemplo nas a urgências», explicou Sara Pareira especialista da OMS.

No entanto há outros custos que são suportados directamente pelo cidadão. «São esses custos que atingem os 54%  e que tem a ver com a medicação cronica, por exemplo para as pessoas que padecem da hipertensão. Por isso que temos de repensar o sistema de saúde, e melhorar logo na base a saúde das pessoas», acrescentou a especialista.

Waley Quaresma