O primeiro-ministro marcou reunião com os directores das principais empresas públicas, para exigir a recuperação financeira e a melhoria da gestão dos recursos humanos.
As principais empresas públicas que no passado produziam receitas para o Estado, representam actualmente um fardo muito pesado.
Segundo Patrice Trovoada, «são empresas que devem ao fisco, e a segurança social, devem uma série de fornecedores, são empresas que não pagam dividendos ao Estado e por conseguinte representam um grande peso para toda sociedade são-tomense», afirmou.
Na reunião que decorreu na terça-feira num hotel, o chefe do Governo acrescentou que a maioria de tais empresas estratégicas regista uma enorme massa salarial.
«Têm imensos trabalhadores, por isso é uma fonte de emprego. Para alguns uma fonte de tacho», referiu.
EMAE-Empresa de Electricidade, a ENASA que administra os aeroportos, a ENAPORT que administra os portos, e os institutos ligados as telecomunicações, e a gestão marítima foram indicados como empresas que deixaram de produzir receitas para os cofres do Estado, e empregam muitos funcionários.
O primeiro-ministro exigiu aos directores a elaboração de um plano de recuperação, e a curto prazo.
«Eles têm que apresentar um plano a curto prazo, sobre como é que podem recuperar essas empresas, pois estão todas elas deficitárias, para não dizer algumas falidas. Não se pode continuar como se nada fosse», frisou Patrice Trovoada.
Os directores foram avisados que se não tiverem êxitos, «o governo tomará as suas decisões».
Governo pretende também que a administração pública contribua para a melhoria do ambiente de negócios em STP.
Abel Veiga
