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Patrice Trovoada prepara os motoqueiros para o choque da austeridade

O primeiro-ministro fez as contas e considera que mais de 4 mil pessoas trabalham como moto-taxi em São Tomé e Príncipe. Um grupo social que movimenta a economia e que merece a atenção do Governo.

Na terça – feira, o Chefe do Governo reuniu-se com os representantes da Associação dos Motoqueiros, para juntos analisarem a situação económica e financeira do país, e os impactos que vão ser provocados pelas medidas de austeridade.

Tradicionalmente os motoqueiros lideram as manifestações de protestos sociais, principalmente na capital São Tomé. Um grupo social que Patrice Trovoada pretende ter ao lado do governo, no momento de maior pressão social, que vai acontecer com a implementação das medidas de austeridade.

«Vamos ajudá-los a institucionalizar a classe do motoqueiro. Fazer com que na sociedade o motoqueiro não seja posto de lado. Pensamos que toda gente que produz tem que pagar um pouco ao Estado. Mas o Estado deve em retorno oferecer serviços as pessoas», afirmou Patrice Trovoada.

Representantes da Associação dos Motoqueiros(Presidente no centro)

Os motoqueiros foram informados sobre as medidas de austeridade que estão a caminho. A subida dos combustíveis, é uma das medidas que vai encarecer o transporte de pessoas e mercadorias.

«Com relação ao aumento dos combustíveis, ninguém está preparado porque afecta quase toda a actividade do país», avisou o Presidente da Associação dos Motoqueiros.

Jorge Lima da Cruz, acrescentou que a situação é difícil, mas que os motoqueiros confiam na capacidade de liderança e de busca de soluções de Patrice Trovoada.

Moto-taxi é actualmente o principal meio de transporte de pessoas e de mercadorias em São Tomé e Príncipe.

«Não só a questão dos combuistíveis, mas a conversa foi também em torno do país, dos desafios, das dificuldades…», detalhou o Primeiro Ministro.

Numa altura de austeridade, a actualidade política nacional continua centrada nos acontecimentos de 25 de Novembro de 2022. Patrice Trovoada aproveitou para contra atacar o maior partido da oposição, o MLSTP, que o tem acusado de tendências ditatoriais, e de recusar o debate em torno dos acontecimentos de 25 de Novembro de 2022.  

«O nosso país precisa de toda a concentração dos seus dirigentes, dos funcionários, para sair do buraco que o MLSTP nos colocou. E é isso que me preocupa. O resto quando a justiça vier dizer o que se passou… quem? Quando? Como? Então iremos ao debate. Mas de momento deixemos a justiça trabalhar», pontuou o Primeiro Ministro.

Depois dos motoqueiros, Patrice Trovoada reuniu-se nesta quinta feira, 2 de Fevereiro, com os taxistas. O mesmo exercício de sensibilização e preparação das pessoas para enfrentar os impactos das medidas de austeridade.

Abel Veiga