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Associação Judaica Europeia alerta para antissemitismo

As manifestações populares sobre o conflito no Médio Oriente espalharam-se por todo o mundo e o presidente da Associação Judaica Europeia, Menachem Margolin, está preocupado com as mensagens intimidatórias.

Desde que o conflito Hamas-Israel recomeçou a 7 de outubro, registou-se um aumento de ataques contra judeus na Bélgica, com agressões verbais e físicas contras pessoas e o aumento do discursodo ódio usando a Internet.

A comunidade judaica queixa-se do aumento do antissemitismo, incluindo mensagens de graffiti perto da Associação Judaica Europeia, em Bruxelas, segundo seu presidente, o rabino Menachem Margolin: “Sabemos que estão aqui. Sabemos que esta é uma sinagoga. Essencialmente, é a principal mensagem”.

As autoridades policiais aumentaram o nível de proteção da comunidade, mas o rabino diz que há décadas que a situação não era tão aguda, segundo relatos vindos de muitos locais.

“Recebemos muitas informações, muitos telefonemas e muitos e-mails de judeus da Europa, tanto de indivíduos como de instituições, sinagogas e escolas. As pessoas sentem isso na rua que recebem muito mais comentários, muito mais olhares negativos, de ódio, e apelos à morte e incitamento à violência física”, especificou.

Há relatos de casos em França, que tem a maior comunidade judaica da Europa, mas também na Alemanha, no Reino Unido, em Espanha e Portugal, numa lista que se vai alargando.

Muitas pessoas protegem as portas, instalam câmaras, mudam as janelas para terem vidros à prova de bala, tentam ter portas à prova de fogo. E, no entanto, muitas pessoas sabem que isso não é suficiente.
Menachem Margolin
Presidente, Associação Judaica Europeia, Bruxelas

O rabino mostrou várias fotografias à euronews: “Esta é uma escola na Alemanha e pode ver o graffiti. Aqui vê uma manifestação contra os judeus que teve lugar em Espanha. Este é outro graffiti na casa de um judeu, que nos faz lembrar a “Noite de Cristal”, quando as pessoas partiram as janelas das sinagogas”.

A comundiade também toma algumas medidas: “Muitas pessoas protegem as portas, instalam câmaras, mudam as janelas para terem vidros à prova de bala, tentam ter portas à prova de fogo. E, no entanto, muitas pessoas sabem que isso não é suficiente”, referiu Menachem Margolin.

A Comissão Europeia mostrou-se preocupada com o aumento dos crimes e do discurso de ódio, tanto contra os judeus como contra os muçulmanos.

Apesar do executivo comunitário ter proposto, há vários anos, acrestar esses crimes à lista daqueles que devem ser combatidos por políticas comuns do bloco, alguns Estados-membros continuam a bloquear a proposta.