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UBS pode chegar a acordo com Moçambique, num dos maiores escândalos de corrupção nos mercados emergentes

Grupo UBS está perto de resolver uma reclamação apresentada por Moçambique contra o Credit Suisse, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, uma medida que resolveria uma das muitas dores de cabeça jurídicas que herdou através do resgate apressado do seu rival bancário suíço no início deste ano.

Chegar a um acordo com Moçambique ajudaria o UBS a libertar-se do chamado escândalo dos títulos do atum, uma controvérsia que dura há uma década e que mistura alta finança, corrupção e investimentos arriscados nos mercados fronteiriços.

O acordo não exige que o UBS entregue dinheiro, disseram as pessoas. O UBS vai perdoar parte de um empréstimo que o Credit Suisse fez a Moçambique em 2013, representando menos de 100 milhões de dólares.

O Credit Suisse já perdoou US$ 200 milhões devidos no empréstimo como parte de um acordo de 2021 com reguladores nos EUA, Reino Unido e Suíça. Nesse acordo, o Credit Suisse pagou às autoridades US$ 475 milhões e uma subsidiária se declarou culpada de acusações de conspiração por fraude eletrônica.

Moçambique deverá liquidar o empréstimo com outros investidores através de um pagamento em dinheiro e de um novo empréstimo, disseram algumas pessoas.

Moçambique tinha solicitado até 2,5 mil milhões de dólares ao Credit Suisse, inclusive para compensar a retirada do apoio do Fundo Monetário Internacional ao país devido aos empréstimos. O acordo está em fase final, mas ainda pode desmoronar. O Financial Times informou anteriormente que o UBS estava buscando um acordo de última hora.