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Situação de dívida na ‘corda bamba’ não é exclusiva do Quénia, diz ministro das Finanças

A luta do Quénia com uma pesada carga de dívida e a pressão sobre as suas reservas em moeda forte não é única, já que outras nações enfrentam a mesma situação, disse o ministro das Finanças.

Njuguna Ndung’u respondia a uma nota de pesquisa do banco de investimento norte-americano JPMorgan, que dizia na terça-feira que o país da África Oriental estava “caminhando na corda bamba” para evitar uma crise devido ao vencimento de títulos em dólares e à fraqueza persistente da moeda.

“Todos os países de baixo e médio rendimento estão a caminhar numa corda bamba, dadas as actuais restrições económicas a nível mundial. O caso do Quénia está a ser destaque por causa do Eurobond 2024”, disse o ministro à Reuters, referindo-se a um título que vence em junho 2024.

O próximo vencimento das euro-obrigações “não deverá ser um grande problema”, disse Ndung’u, uma vez que o Quénia pode usar as suas reservas no banco central para saldar a dívida.

“Isso (no entanto) não resolverá os choques negativos persistentes que os países de baixo e médio rendimento enfrentam. Será necessário um conjunto de soluções mais bem mapeado”, afirmou.

Durante o seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, na semana passada, o Presidente do Quénia, William Ruto, apelou a uma extensão do prazo dos títulos soberanos dos países de baixos rendimentos, para ajudá-los a evitar uma crise financeira.

Ele também apelou à concessão de um período de carência de 10 anos e à criação de direitos de saque especiais para esses países no Fundo Monetário Internacional, a serem atribuídos com base na necessidade, em vez do mecanismo de direitos habitual.