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Aumentos salariais geram polémica em Cabo Verde

O governo decidiu, em conselho de ministros, aumentar os salários do governador e dos administradores do Banco de Cabo Verde na ordem dos 17% e 18,4%. Uma decisão prontamente criticada por todos os partidos da oposição e boa parte dos trabalhadores nacionais através da secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS). Joaquina Almeida considerou os “aumentos salariais” no BCV de um “escândalo nacional”.

“Penso que isto é um escândalo, o Governo já não tem moral para dizer que não tem como aceitar as reivindicações dos trabalhadores” afirmou a sindicalista.

Por sua vez, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva considerou “normal” a “adequação feita” relativamente aos salários no BCV, porque, como disse, não faz sentido que directores e assessores ganhem mais do que os gestores da instituição

“Não faz muito sentido que haja uma diferenciação salarial pela negativa relativamente àqueles que têm responsabilidade acrescidas no exercício das suas funções é só por causa disso que se fez esta adequação” disse Ulisses Correia e Silva.

Entretanto, a Televisão Pública cabo-verdiana mostrou que o último escalão salarial da tabela dos Diretores, Assessores e Técnicos Consultores do BCV é muito inferior ao salário do Governador, o que contraria as declarações do chefe do governo.

Enquanto, o governador e os administradores do Banco de Cabo Verde têm aumentos salariais na ordem dos 17% e 18,4%, os salários dos trabalhadores do regime geral na administração pública vão ser aumentados em 2,8 por cento em 2024. E, o salário minuto nacional no sector público sobe de 136 para 154 euros e no privado aumenta de 127 para 136 euros.