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Vacinas atualizadas contra Covid geram forte resposta contra variante mais recente, dizem Moderna e Pfizer

A Moderna e a rival Pfizer anunciaram nesta quarta-feira que suas vacinas atualizadas contra a Covid-19, em testes, geraram fortes respostas contra a subvariante BA.2.86 do coronavírus, altamente mutada e responsável por preocupações sobre o ressurgimento de infecções.

A Moderna informou que sua vacina provocou um aumento de 8,7 vezes nos anticorpos neutralizantes contra a BA.2.86 comparado à resposta natural de anticorpos não tratados em testes clínicos com humanos.

Atualmente a variante é monitorada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês).

“Consideramos que esta é uma notícia que as pessoas vão querer ouvir enquanto se preparam para receber suas doses de reforço”, disse Jacqueline Miller, chefe de doenças infecciosas da Moderna, em entrevista, acrescentando que os dados também devem ajudar a tranquilizar os reguladores.

A Pfizer afirmou que sua vacina atualizada, em parceria com a BioNTech, provocou uma forte resposta de anticorpos contra a BA.2.86 em um estudo pré-clínico em camundongos.

A Moderna, a Pfizer/BioNTech e a recém-chegada ao mercado de vacinas contra a Covid-19, Novavax, têm criado versões de suas vacinas destinadas à subvariante XBB.1.5, dominante na maior parte de 2023, que devem ser lançadas no outono do Hemisfério Norte.

O CDC indicou anteriormente que a BA.2.86 pode ser mais capaz de causar infecções em pessoas que contraíram o vírus anteriormente ou foram vacinadas com doses anteriores.

A variante Ômicron tem mais de 35 mutações em partes importantes do vírus em comparação com a XBB.1.5, alvo das vacinas atualizadas.

A subvariante BA.2.86 já foi detectada na Suíça e África do Sul, assim como em Israel, Dinamarca, Estados Unidos e Reino Unido, de acordo com uma autoridade da OMS.

Embora seja importante monitorar a variante, vários especialistas disseram à Reuters ser improvável que ela cause uma onda de doenças graves e mortes, já que foram construídas defesas imunológicas em todo o mundo por meio da vacinação em massa e de infecções anteriores.

Por Patrick Wingrove em Nova York, reportagem adicional de Michael Erman em Nova Jersey